Inteligência, intuição e ação em Henri Bergson

um caminho para a compreensão da criação artística

Autores

  • Caroline da Silva Lourenzone Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
  • Maria Ester Martins Silva Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

DOI:

https://doi.org/10.23925/2316-5278.2023v24i1:e61877

Palavras-chave:

Ação, Criação, Duração, Inteligência, Intuição

Resumo

Nosso objetivo é discutir sobre o papel da ação na constituição da inteligência e suas implicações para a ação estética na filosofia de Henri Bergson. Sendo, para esse filósofo, o conhecimento humano moldado, em larga medida, pela inteligência – faculdade intimamente relacionada a uma compreensão determinista – como poder- se-ia compreender a atividade criadora, em particular a criação artística, a qual está intimamente relacionada com a noção de imprevisibilidade? O artista, como um pintor, por exemplo, por mais que planeje, não sabe como será no final a sua pintura, assim como os momentos e ações de sua vida. Com a criação, ele apresenta a fluidez da duração, a sua criação contínua. Procuramos mostrar que para Bergson a criação artística envolve um distanciamento da inteligência e o envolvimento de outra capacidade humana, liberta das necessidades da ação, ou seja, a intuição.

Palavras-chave: Ação. Inteligência. Intuição. Duração. Criação.

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Publicado

2023-11-14

Como Citar

Lourenzone, C. da S., & Silva , M. E. M. (2023). Inteligência, intuição e ação em Henri Bergson: um caminho para a compreensão da criação artística. Cognitio: Revista De Filosofia, 24(1), e61877. https://doi.org/10.23925/2316-5278.2023v24i1:e61877

Edição

Seção

Artigos sobre Pragmatismo