A leitura neopragmatista de Rorty sobre Foucault

ruptura ou continuidade da visão de subjetividade moderna

Autores

  • Edna Magalhães do Nascimento Universidade Federal do Piauí
  • Maria Jordana de Brito Gomes Universidade Federal do Piauí

DOI:

https://doi.org/10.23925/2316-5278.2024v25i1:e64392

Palavras-chave:

Cuidado de si, Neopragmatismo, Subjetividade, Verdade

Resumo

O objetivo deste artigo foi investigar a leitura neopragmatista de Richard Rorty (1931-2007) sobre a concepção de subjetividade em Michel Foucault (1926-1984). Rorty ficou conhecido como um celebre filósofo que se opôs à concepção moderna de sujeito, sobretudo, o excesso de antropocentrismo e cientificismo. Quanto ao filósofo francês Michel Foucault, pode-se constatar no terceiro domínio de sua produção teórica, a presença de uma investigação vigorosa sobre a constituição do sujeito. Inicialmente, percebe-se desde seus primeiros escritos, o papel que exerce o poder e a verdade enquanto mecanismos criadores de subjetividade, impondo aos sujeitos modos de ser e de relacionar-se consigo e com os outros. Todavia, a análise sobre a questão da constituição do sujeito se configura de forma mais delimitada nos cursos Subjetividade e Verdade (1981) e A Hermenêutica do Sujeito (1982). Foucault desenvolve uma investigação sobre a subjetividade a partir das noções de ética, filosofia, espiritualidade, sexualidade, arte de viver e cuidado de si, buscando compreender como o sujeito torna-se assujeitado pelo poder e saber, sugerindo novos modos de subjetividade, diferentes daqueles propostos pelo poder. Entretanto, contrariamente ao que propôs Foucault, o filósofo norte-americano neopragmatista Richard Rorty, conhecido por propor uma filosofia edificante, afirma na obra Contingência, ironia e solidariedade (2007) que as ideias do filósofo francês, embora tentem se desvencilhar da concepção moderna de subjetividade, ainda se mantêm atreladas a ela. Assim, pretende-se explorar os argumentos rortyanos que justificam às objeções a Foucault, e com base na análise de textos específicos de ambos os autores, se busca identificar os argumentos usados por Rorty para acusar Foucault de permanecer no quadro teórico da modernidade.

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Biografia do Autor

Edna Magalhães do Nascimento, Universidade Federal do Piauí

Professora de Filosofia da Educação do CCE - UFPI

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Publicado

2024-05-24

Como Citar

Nascimento, E. M. do, & Gomes, M. J. de B. (2024). A leitura neopragmatista de Rorty sobre Foucault: ruptura ou continuidade da visão de subjetividade moderna. Cognitio: Revista De Filosofia, 25(1), e64392. https://doi.org/10.23925/2316-5278.2024v25i1:e64392

Edição

Seção

Artigos Cognitio-Estudos