OS INTELECTUAIS E O DISCURSO SOBRE A SAÚDE NOS JORNAIS E PERIÓDICOS SANJOANENSES NO INÍCIO DO SÉCULO XX
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-4174/v2.2023e64459Palavras-chave:
intelectuais, saúde, jornaisResumo
O presente trabalho tem como proposta apresentar reflexões sobre a produção e
circulação dos discursos sobre saúde em São João Del Rei/MG nas três primeiras
décadas do século XX, contribuindo assim para uma perspectiva mais ampliada de
educação voltada à medicina social e controle das populações. No final do século XIX
São João Del Rei contava com inúmeros jornais e periódicos que circulavam na cidade e
fora dela, o que representou um viveiro intelectual em uma cidade que, com histórico de
entreposto comercial, despontava também como referência cultural. Entre os anos de
1827 e 1897, foram contabilizados 41 periódicos que foram produzidos e circularam em
São João Del Rei. Ao se analisar o recorte de 1829 e a 1938, foram encontrados mais de
100 jornais e periódicos sanjoanenses produzidos por gráficas e pequenos núcleos de
escritores, professores e jornalistas, o que indica que o número de publicações dobrou.
Assim, será possível compreender a formação de uma identidade urbana que influenciou
diretamente na estrutura da cidade, principalmente nos processos de educação informal
da população com relação à saúde. Tal trabalho é parte do projeto intitulado A História
intelectual de São João Del Rei: professores, escritores e literatos, que busca mapear a
existência dos chamados “intelectuais” na cidade de São João Del Rei nas três primeiras
décadas do século XX e sua relação com os processos de escolarização no município. Serão utilizadas como bases teórico-metodológicas as contribuições de Michel Foucault e
Sirinelli para a compreensão sobre os discursos e a intelectualidade que se formavam
naquele período.
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