Doutor Camargo, médico, topônimo e a arte perdida de nomear cidades

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-4174.v3.2024e67889

Palavras-chave:

Nomes de cidades, Doutor Camargo, História Regional

Resumo

O artigo discute como são escolhidos os nomes de cidades a partir do caso do município de Dr. Camargo, Estado do Paraná. Conceitos como nomes geográficos e topônimos são explicitados no sentido de informar sobre como as localidades são denominadas pela cultura Brasileira. E, o fundamento teórico, assenta-se na perspectiva da História Regional no que tange ao estudo de particularidades relativas a cidades e sua constituição sócio-histórica.

Biografia do Autor

Marcia Regina de Oliveira Lupion, Universidade Estadual de Maringá

Doutoranda em História, Cultura e Narrativa na Universidade Estadual de Maringá, graduação em História e mestrado em História Social pela mesma instituição. Professora em período de licença da Faculdade Alvorada Maringá. Membro do Laboratório de Estudos em Religiões e Religiosidades (LERR/UEM). Áreas de concentração: Religiões e religiosidades com ênfase na religiosidade católica; História de Cidades; Micro-história; Biografia; História das Sensibilidades; História Regional e História Oral.

José Carlos Gimenez, Universidade Estadual de Maringá

Possui graduação em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1988), mestrado em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995) e doutorado em História pela Universidade Federal do Paraná (2005). Atualmente é professor titular da Universidade Estadual de Maringá. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Antiga e Medieval, atuando principalmente nos seguintes temas: História das Instituições e História da Península Ibérica na Baixa Idade Média.

Lúcio Tadeu Mota, Universidade Estadual de Maringá

Possui Graduação em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1980), mestrado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992) e doutorado em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). Realizou estágios de Pós-doutorado em Antropologia Social no Museu Nacional do Rio de Janeiro (2000/2001), e em Arqueologia no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (2014/2015). É Professor Associado III no Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá/UEM-PR. Foi Pró-Reitor de Ensino da UEM no período de 1992 a 1994 e Diretor do Centro de Ciências Humanas Letras e Artes da UEM no período de 2008 a 2012. Foi fundador do Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-história da UEM em 1996. Desenvolve estudos e pesquisas nas áreas de História indígena, Antropologia e Arqueologia relacionadas as populações indígenas no Sul do Brasil, com ênfase nas populações Kaingang e Xetá. Foi proponente e coordenador de diversos projetos de inovação, desenvolvimento pesquisa e extensão aprovados por agencias de fomento como CAPES, CNPQ, Fundação Araucária, Ministério da Cultura/MINC; Ministério do Meio Ambiente / Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA e Ministério da Educação. É credenciado aos Programas de Pós-Graduação em História (Mestrado e Doutorado) da UEM-PR e da UFGD-MS. Atualmente é coordenador do Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-história da UEM

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Publicado

2024-10-04

Como Citar

Lupion, M. R. de O., Gimenez, J. C., & Mota, L. T. (2024). Doutor Camargo, médico, topônimo e a arte perdida de nomear cidades. Cordis: Revista Eletrônica De História Social Da Cidade, (33), e67889. https://doi.org/10.23925/2176-4174.v3.2024e67889

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