A Morte como rememoração no afeto.

Análise fenomenológica da morte do Papa Francisco

Resumo

Objetiva-se neste artigo analisar fenomenologicamente a morte do Papa Francisco como fenômeno de rememoração no afeto. Esse objetivo é justificável em três aspectos. O primeiro refere-se à fenomenologia hermenêutica heideggeriana, por possibilitar pensar a morte como um fenômeno de experiência fática de vida em que as possibilidades encerradas estão antecipadas na própria vida. Por isso, a morte é um fenômeno denotativo de vida vivida, de experiência de facticidade vital, de significação de sentido de vida. O segundo aspecto corresponde à morte do Papa Francisco como fenômeno concebido como manifestação pessoal, com repercussão social, midiática e eclesial, que explicitaram lágrimas, lamentações, agradecimentos e prospectivas. O terceiro aspecto corresponde ao significado da morte de um Papa que, fenomenologicamente, era um projeto de vida para a igreja católica e para a humanidade. Para atingir esse objetivo, apresentar-se-á a fenomenologia hermenêutica heideggeriana em sua estrutura fundamental, a fim de clarificar o tipo de análise a ser feita sobre a morte do Papa Francisco. Em seguida, analisar-se-á fenomenologicamente a morte do Papa Francisco e suas repercussões supracitadas, trazendo à tona o impacto significativo dessa morte. Ao final, será apresentado o significado da morte de Francisco como um projeto de vida para a igreja católica e para a humanidade, em que será utilizada a generalização fenomenológica como elemento de compreensão desse significado.

Palavras-chave: fenomenologia hermenêutica, fenômeno, morte, Papa Francisco.