“Um fã teu, quem realmente te admira, jamais faria esse tipo de coisa”: On the existence of appositive free relatives in Brazilian Portuguese

Autores

  • Paulo Medeiros Junior Unicamp

DOI:

https://doi.org/10.1590/1678-460X202238244681

Palavras-chave:

apposition, free relatives, appositive free relatives, juxtaposition

Resumo

Brazilian Portuguese data provide evidence to the claim I make in this paper that there are appositive free relatives, contrary to what Emonds (1979) states, for whom free relatives cannot have appositive semantics or syntax. I argue there are reasons to believe the wh-sentence evidenced in the title of this paper is in fact a free relative that carries appositive content, considering issues such as distribution, matching, the nature of quem and semantic content. The quem-type sentence I put into analysis in the present paper differs from an ordinary (headed) appositive relative clause for it seems to be juxtaposed to the nominal it relates to, being equivalent to it, a condition that leads to the impossibility of a relativization process in Kaynes’s (1994) terms for the derivation of this kind of sentence.

Biografia do Autor

Paulo Medeiros Junior, Unicamp

Possui graduação em Língua Portuguesa e Respectiva Literatura pela Universidade de Brasília (Bacharelado e Licenciatura) (1995), mestrado em Lingüística pela Universidade de Brasília (2005) e Doutorado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) (2014). Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Teoria e Análise Lingüística, atuando principalmente nos seguintes temas: relativização, análise de relativas livres, deslocamento-Wh e propriedades do CP no português brasileiro. Integrou o grupo de pesquisa de Teoria da Gramática na Universidade de Brasília (UnB), atuando no projeto Construções Oracionais Reduzidas do Português e suas contrapartes finitas e de gerúndio, entre 2003 e 2005.. Atuou no Projeto Temático Sintaxe Gerativa do Português Brasileiro na Entrada do Século XXI: Minimalismo e Interfaces, financiado pela FAPESP, na Universidade de São Paulo (USP) entre 2009 e 2011.

Referências

Bianchi, V. (1999). Consequences of antisymmetry: Headed relative clauses. Mouton de Gruyter. https://doi.org/10.1515/9783110803372

Bresnan, J., & Grimshaw, J. (1978). The syntax of free relatives in English. Linguistic Inquiry, 3(9), 331-391.

Caponigro, I. (2002). Free relatives as DPs with a silent D and a CP complement. In V. Samiian (Ed.), Proceedings of the Western Conferences on Linguistics (pp. 140-150). California State University.

Cardoso, A., & M. de Vries (2010). Internal and external heads in appositive constructions. Disponível em: Disponível em: http://www.let.rug.nl/dvries/pdf/2010-appositive-constructions-webversion.pdf (accessed: 29 August, 2019).

Cheng, L (1991). On the typology of wh-questions [Doctoral dissertation]. Massachusetts Institute of Technology. Disponível em: Disponível em: http://www.ai.mit.edu/projects/dm/theses/cheng91.pdf (accessed 06 July, 2021).

Chierchia, G. (2003). Semântica. Tradução Luis Arthur Pagani, Ligia Negri, & Rodolfo Ilari. Editora da Unicamp. (Semantica, Le Strutture del Linguaggio, 1997).

Chomsky, N. (1977). On wh-movement. In P. W. Culicover, T. Wasow, & A. Akmajian. (Eds.), Formal syntax (pp. 71-132). Academic Press.

Citko, B. (2004). On headed, headless and light-headed relatives. Natural Language and Linguistic Theory, 22, 95-126. https://doi.org/10.1023/B:NALA.0000005564.33961.e0

Cunha, C., & Cintra, L. (2008). Nova gramática do português contemporâneo (5a ed). Lexikon.

Döring, S. (2014). Parentheticals are - presumably - CPs. In M. Kluck, D. Ott, & M. de Vries (Eds.), Parenthesis and ellipsis: Cross-linguistic and theoretical perspectives (pp. 109-145). Mouton de Gruyter. https://doi.org/10.1515/9781614514831

Emonds, J. (1979). Appositive relatives have no properties. Linguistic Inquiry , 10(2), 211-243.

Groos, A., & Riemsdijk, H. V. (1981). Matching effect in free relatives: a parameter of core. In A. Bellettii, L. Brandi, & L. Rizzi (Eds.), Theory of markedness in generative grammar: Proceedings of the 1979 GLOW Conference (pp. 119-162). Scuola normale superiore di Pisa.

Heringa, H. (2011). Appositional constructions [Doctoral dissertation, University of Groningen]. LOT. Disponível em: Disponível em: https://www.lotpublications.nl/Documents/294_fulltext.pdf (accessed 06 July, 2021).

Hirshbühler, P., & Rivero, M. L. (1983). Remarks on free relatives and matching phenomena. Linguistic Inquiry , 14(3), 505-520.

Huddleston, R., & Pullum, G.K. (2002). The Cambridge grammar of the English language. Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/9781316423530

Izvorski, R. (1996). (Non-) Matching effects on free relatives and pro-Drop. In M. Przezdziecki, & L. Whaley (Eds.), ESCOL’95 (pp. 89-102). Cornell University.

Izvorski, R. (1997) Subject free relatives in null-subject languages: evidence from Slavic. In W. Browne, E. Dornisch, N. Kondrashova, & D. Zec (Eds.), Formal approaches to Slavic linguistics: The Cornell meeting (pp. 267-288). Wisconsin.

Kato, M., & Nunes, J. (2009). A uniform raising analysis for standard and nonstandard relative clauses. In J. Nunes. (Ed.), Minimalist essays on Brazilian Portuguese syntax (pp. 93-120). John Benjamins. https://doi.org/10.1075/la.142

Kayne, R. (1994). The antisymmetry of syntax. Massachusetts Institute of Technology Press.

Kenedy, E. (2007). A hipótese da antinaturalidade de pied-piping em orações [Unpublished doctoral dissertation]. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em: Disponível em: https://www.professores.uff.br/eduardo/wp-content/uploads/sites/43/2017/08/tese_eduardokenedy_2007.pdf (accessed 06 July, 2021).

Larson, R. K. (1987). Missing prepositions and the analysis of English free relative clauses. Linguistic Inquiry , 18(2), 239-266.

Macambira, J. R. (1998). Português estrutural (4a ed.). Pioneira.

Marchesan A. C. (2008). As relativas livres em português brasileiro e os requerimentos de compatibilidade. [Unpublished master thesis]. Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/91537/251008.pdf?sequence=1

Marchesan A. C. (2021). As relativas livres no português brasileiro [Unpublished doctoral dissertation]. Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/100448 (accessed 06 July, 2021).

Matthews, P. H. (1981). Syntax. Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/S0022226700007581

Mccauley, J. D. (1998). The syntactic phenomena of English (2nd ed.). University of Chicago Press.

Medeiros Junior, P. (2005). Sobre sintagmas-qu e relativas livres no português. [Unpublished master thesis]. Universidade de Brasília.

Medeiros Junior, P. (2006). Relativas livres: uma proposta para o português. Revista de Estudos da Linguagem, 14(2), 429-455. http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.14.2.429-455

Medeiros Junior, P. (2009). Sobre orações relativas livres em posição de adjunto: considerações sintático-semânticas sobre as construções com quando e onde português. Revista de Estudos da Linguagem , 17(1), 47-67. http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.17.1.51-71

Medeiros Junior, P. (2014). Orações relativas livres do PB: sintaxe, semântica e diacronia [Unpublished doctoral dissertation]. Universidade Estadual de Campinas. Disponível em: Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/271032 (accessed 06 July, 2021).

Medeiros Junior, P. (2015). Uma análise de relativas livres em posição de sujeito e efeitos de compatibilidade no português brasileiro. Caligrama, 20(2), 7-33. http://dx.doi.org/10.17851/2238-3824.20.2.7-33

Medeiros Junior, P. (2016). From [o[que]] to [o que] in Brazilian Portuguese free relatives: A diacronic view. In M. Kato, & F. Ordóñez (Eds.), The morphosyntax of Portuguese and Spanish in Latin America (pp. 308-331). Oxford University Press. http://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780190465889.001.0001

Medeiros Junior, P. (2020). Uma análise da relativização no PB: questões teóricas e panorama geral. In P. Medeiros Junior, S. Guesser, M. V. Lunguinho, & H. Guerra Vicente (Eds), Relativização e clivagem no PB: sintaxe, aquisição, diacronia e experimentação (pp. 77-105). Pontes Editores.

Meyer, C. F. (1992). Apposition in contemporary English. Cambridge University Press.

Móia, T. (1996). A sintaxe das orações relativas sem antecedente expresso do português. In A. Gonçalves, M. Colaço, M. Miguel, & T. Moia (Eds.), Quatro estudos em sintaxe do português (pp. 149-188). Edições Colibri.

Rizzi, L. (1991). Residual verb second and the wh- criterion. Technical reports in formal and computational linguistics. Université de Genève.

Rizzi, L. (1997). The fine structure of the left periphery. In L. Haegeman (Ed.), Elements of grammar: A handbook of generative syntax (pp. 281-337). Kluwer. http://doi.org/10.1007/978-94-011-5420-8

Rizzi, L., & Bocci, G. (2017). The left periphery of the clause: Primarily illustrated for Italian. In M. Everaert, & H. C. Van Riemsdijk, (Eds.), Blackwell Companion to Syntax (2nd ed.) (pp. 1-30). John Wiley & Sons, Inc. http://doi.org/10.1002/9780470996591

Rocha, M. L. Del F. (1990) Sintagmas-QU em interrogativas indiretas e relativas livres do português [Unpublished master thesis]. Universidade de Brasília.

Smith, C. (1964). Determiners and relative clauses in a generative grammar of English. Language, 40, 37-52. https://doi.org/10.2307/411923

Suñer, M. (1984). Free Relatives and the matching parameter. The Linguistic Review, 3, 363-387. https://doi.org/10.1515/tlir.1984.3.4.363

Suñer, M. (1983). Free relatives and the pro-drop head hypothesis. In W. Harbert (Ed.), Cornell working papers 4: Papers from the Cornell Conference on government and binding theory, June, 223-248. Disponível em: Disponível em: https://linguistics.cornell.edu/sites/linguistics/files/volume4_spring_1983.pdf (accessed 06 July, 2021).

Svobodová, I. (2014). Sintaxe da Língua Portuguesa. Masarikova Univerzita.

Tarallo, F. L. (1983). Relativization strategies in Brazilian Portuguese [Unpublished doctoral dissertation]. University of Pennsylvania. Disponível em: Disponível em: https://repository.upenn.edu/dissertations/AAI8326337/ (accessed 06 July, 2021).

Vergnaud, J. R. (1974). French relative clauses [Unpublished doctoral dissertation]. Massachusetts Institute of Technology. https://dspace.mit.edu/handle/1721.1/12993 (accessed 06 July, 2021).

Vogel, R. (2003). Surface matters: Case conflicts in free relative constructions and case theory. In E. Brandner, & H. Zinsmeister (Eds.), New perspectives on case theory (pp. 269-299). CSLI Publications.

Publicado

2023-09-09

Como Citar

Medeiros Junior, P. (2023). “Um fã teu, quem realmente te admira, jamais faria esse tipo de coisa”: On the existence of appositive free relatives in Brazilian Portuguese. DELTA: Documentação E Estudos Em Linguística Teórica E Aplicada, 38(2). https://doi.org/10.1590/1678-460X202238244681

Edição

Seção

Artigos