Percepção de dificuldades de leitura e escrita por ingressantes universitários que não passaram pelo vestibular

Autores/as

  • Henrique Nunes Marinho Unicamp
  • Inês Signorini Unicamp

DOI:

https://doi.org/10.1590/1678-460x202259479

Palabras clave:

leitura; escrita; letramento; letramento escolar; ProFIS.

Resumen

Este artigo apresenta os resultados de um levantamento das dificuldades de escrita e leitura apontadas por alunos ingressantes do curso ProFIS, da Unicamp, nos anos 2012, 2014, 2016, 2018 e 2020. Para isso, foram examinadas as respostas dadas à seguinte pergunta: “Quais são suas dificuldades no campo da leitura e da escrita? Especifique”. A sistematização e análise das respostas dos alunos aponta maior ocorrência de dificuldades de escrita em relação às de leitura. Dentre as dificuldades de escrita assinaladas, há predominância de questões relacionadas ao planejamento e elaboração do texto dissertativo argumentativo, com destaque para o uso da pontuação. Dentre as dificuldades de leitura, há predominância da dificuldade de compreensão, desde o léxico até textos menos familiares, além da falta de atenção na hora de ler. Esses resultados são relevantes para uma melhor compreensão do contexto sociolinguístico desses alunos, enquanto representantes de grupos sociais minoritarizados, e dos modos de reprodução de metapragmáticas escolarizadas da escrita.

Citas

Adams, J. B. (2018). ProCorpus: Compilação de um Banco de Dados de Produções Acadêmicas. Relatório 2018 Projeto IC, FAEPEX.

Alves, M. L. (2020) Produções de resumo para publicação em revista internacional por pós-graduandos em Linguística: um estudo de caso. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada). Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2020.

Beninger, K. (2016). Views on the ethics of social media research. In L. Sloan (Ed.), The Sage Handbook of Social Media Research Methods. 1. ed. (pp. 57-73) SAGE Publications Ltd. https://dx.doi. org/10.4135/9781473983847.n5.

Carneiro, A. M., Telles, S. S., Andrade, C. Y., Simões, T. P., Camelo, A. P., Yamaki, M. D., Petropouleas, S., & Bin, A. (2017). A avaliação continuada do Programa de Formação Interdisciplinar Superior da Unicamp (ProFIS): contribuições do estudo longitudinal. In: Caderno de Pesquisa Nepp, no. 85. Acesso em 19.03.2022.

https://www.nepp. unicamp.br/biblioteca/periodicos/issue/view/127/CadPesqNepp85.

Cavalcanti, M. (1986). A propósito de Linguística Aplicada. Trabalhos em Linguística Aplicada, 7, 5-12. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ ojs/index.php/tla/article/view/8639020.

Celani, M. A. A. (2005). Questões de ética na pesquisa em Linguística Aplicada. Linguagem e Ensino, 8(1), 101-122. https://doi. org/10.15210/rle.v8i1.15605.

Gonçalves, L. C. S. (2020). Compilação de um corpus anônimo de textos e excertos produzidos no curso ProFIS. Relatório 2019-2020 Projeto IC, PIBIC-Unicamp.

Guimarães, T., & Szundi, P. T. C. (2020). 30 anos da ALAB: desafios, rupturas e possibilidades de pesquisa em Linguística Aplicada [Entrevista com Marilda do Couto Cavalcanti] Raído, 14(36), 465- 471. https://doi.org/10.30612/raido.v14i36.13241.

Lillis, T., & Scott, M. (2007). Defining academic literacies research: issues of epistemology, ideology and strategy. Journal of Applied Linguistics, 4, 5-32.

Marinho, H. N. (2020). Compilação de um corpus anônimo de textos e excertos produzidos no curso ProFIS. Relatório 2019-2020 Projeto IC, PIBIC-Unicamp.

McEnery, T., & Hardie, A. (2012). Corpus linguistics: method, theory and practice. Cambridge University Press.

Mey, J. L. (2001). Pragmatics: An introduction. Blackwell.

Nelson, M. (2010). Building a written corpus: What are the basics? In A. O’Keefe & M. McCarthy (Eds.), The Routledge Handbook of Corpus

Linguistics (pp. 53-65). Routledge.

Orpinelli Neto, L. L. (2020). A escrita de resumos acadêmicos para

publicação em revista internacional por pós-graduandos em Linguística Aplicada como prática de letramento. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, SP. 146p

Risso, T. A. (2020). Compilação de um corpus anônimo de textos e excertos produzidos no curso ProFIS. Relatório 2019-2020 IC, PIBIC-Unicamp.

Signorini, I. (2008). Metapragmáticas da língua em uso: unidades e níveis de análise. In I. Signorini (Ed.). Situar a lingua[gem] (pp. 117-148). Parábola Editorial.

Signorini, I. (2018) Metapragmáticas da ‘redação’ científica de ‘alto impacto’. Revista do GEL, 14(3), 59-85.

Signorini, I., & Cavalcanti, M., Eds. (1998). Linguística Aplicada e transdisciplinaridade: Questões e perspectivas. Mercado de Letras. Silva, D. N., & Signorini, I. (2021). Ideologies about English as the language of science in Brazil. World Englishes, 40(3), 424-435.

https://doi.org/10.1111/weng.12454.

Silverstein, M. (1993). Metapragmatic discourse and metapragmatic

function. In J. A. Lucy (Ed.), Reflexive Language: Reported Speech and Metapragmatics (pp. 33-58). Cambridge University Press.

Publicado

2023-09-09

Cómo citar

Marinho, H. N., & Signorini, I. (2023). Percepção de dificuldades de leitura e escrita por ingressantes universitários que não passaram pelo vestibular. DELTA: Documentação E Estudos Em Linguística Teórica E Aplicada, 38(4). https://doi.org/10.1590/1678-460x202259479