Educação linguística crítica para a transformação social radical: discussões sobre letramentos, criticidade e afeto em tempos de barbárie
DOI:
https://doi.org/10.1590/1678-460X202440157244Palavras-chave:
educação linguística crítica, multiletramentos, afeto, transformação socialResumo
Nossa proposta, neste artigo, é discutir a ideia de educação linguística crítica com vistas a uma transformação social radical, entendendo que esta só ocorre se conduzida de forma crítica e afetiva. Para isso, revisitamos o conceito de letramento crítico, buscando refletir sobre sua ligação com a afetividade. Após uma breve revisão do conceito de criticidade e de sua apropriação pedagógica pelas vertentes denominadas pensamento crítico, pedagogia crítica e letramento crítico, alinhamo-nos com uma perspectiva de criticidade como prática problematizadora a partir do engajamento com as diferenças. Argumentamos em favor de uma educação linguística pautada em uma postura crítico-afetiva, em tempos caóticos, a fim de que o processo educativo possa realizar-se de modo alinhado à filosofia freireana e, assim, revelar-se transformador e orientado para a paz. Por fim, apresentamos uma breve releitura da chamada pedagogia dos multiletramentos, com o intuito de fomentar possibilidades de encaminhamentos pedagógicos que contribuam, de fato, para a transformação social radical.
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