A influência de variáveis socioculturais e biológicas no desempenho da linguagem receptiva em pré-escolares

Autores

  • Carol Pedrosa Monteiro Virtuozo Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-UNCISAL
  • Maria Cecilia Marques Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-UNCISAL
  • Cristiane Pedruzzi Monteiro Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-UNCISAL

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2018v30i4p705-712

Palavras-chave:

Desenvolvimento infantil, Linguagem, Pré-escolar

Resumo

Introdução: O desenvolvimento infantil consiste em um processo de continuidade e mudanças em vários domínios interdependentes. A linguagem receptiva por sua vez se faz importante no desenvolvimento da comunicação, pois por meio dela a criança desenvolve habilidades de consciência fonológica, comportamentos de conversação, entre outros. Objetivo: Verificar a influência de aspectos socioculturais e biológicos no desempenho da linguagem receptiva de crianças pré-escolares. Métodos: Participaram do estudo 30 crianças na faixa etária entre 24 e 36 meses devidamente matriculadas no maternal I de dois centros municipais de educação infantil. Foi aplicado um questionário elaborado pelos pesquisadores para a coleta de dados biológicos, econômicos e sociais da amostra. As crianças com alterações auditivas, neurológicas e/ou visuais foram excluídas. Para verificar o desenvolvimento da linguagem foi aplicada a prova de linguagem receptiva da Escala Bayley III de Desenvolvimento Infantil. A pontuação do escore da Bayley foi correlacionada com variáveis sociais e biológicas no presente estudo. Resultados: Nos escores alcançados na escala Bayley III, 63,33% (n=19) crianças ficaram abaixo da média do teste de linguagem receptiva. As variáveis renda familiar e sexo e o escore de linguagem receptiva foram estatisticamente significativas. Conclusão: O desempenho da linguagem de pré-escolares foi inferior ao esperado para a faixa etária de acordo com os escores obtidos na Bayley III. Pode-se considerar que os aspectos biológicos são reconhecidos como pré-condição para aquisição e desenvolvimento da linguagem, enquanto os aspectos ambientais são determinantes para a qualidade das habilidades de linguagem.

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Biografia do Autor

Carol Pedrosa Monteiro Virtuozo, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-UNCISAL

Fonoaudióloga graduada pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, UNCISAL (2017).

 

Maria Cecilia Marques, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-UNCISAL

Fonoaudióloga graduada pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, UNCISAL (2007). Especialização em Linguagem Pela Faculdade Redentor (2015). Atualmente é mestranda em Saúde da Comunicação Humana pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Fonoaudióloga do Centro de Reabilitação - CER III da UNCISAL, supervisora de estágio no curso de Fonoaudiologia da UNCISAL, cotutora da Liga Acadêmica de Reabilitação Fonoaudiológica (LARFON) da UNCISAL, membro do grupo de pesquisa do Laboratório de Audição e Tecnologia (LATEC) da UNCISAL. Tem experiência na área de Linguagem, atuando principalmente com transtornos fonológicos, atraso de linguagem, transtorno do espectro autista, apraxia de fala infantil, gagueira, síndrome de Down, distúrbio específico de linguagem e dificuldade de aprendizagem.

Cristiane Pedruzzi Monteiro, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-UNCISAL

possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (1997) e graduação em Fonoaudiologia pelo Instituto Metodista de Educacão e Cultura - IMEC/IPA(1994). Especialista em Audiologia clínica pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia. Mestra em Ciências pelo Programa Distúrbios da Comunicação Humana (Fonoaudiologia) Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Curso de Extensão Universitária na modalidade de especialização: Habilitação e Reabilitação auditiva em Crianças - Universidade de São Paulo - Faculdade de odontologia de Bauru. Curso de Extensão em Implante Coclear, nível de aperfeiçoamento - ALFA. Curso de Capacitação em atenção à saúde da pessoa com deficiência intelectual - CER - APAE/SP Professora Assistente do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL. Professora Assistente da Pós-graduação da Faculdade Integrada Tiradentes - FITS. Professora da Pós-Graduação Educação Inclusiva do CESMAC/Al. Possui experiência no tratamento clínico de crianças com deficiências, com ênfase nas áreas emocional, de linguagem e de reabilitação auditiva.

Publicado

2018-12-12

Como Citar

Virtuozo, C. P. M., Marques, M. C., & Monteiro, C. P. (2018). A influência de variáveis socioculturais e biológicas no desempenho da linguagem receptiva em pré-escolares. Distúrbios Da Comunicação, 30(4), 705–712. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2018v30i4p705-712

Edição

Seção

Artigos