O ENSINO DE RAZÃO E PROPORÇÃO POR MEIO DE ATIVIDADES
DOI:
https://doi.org/10.23925/2358-4122.2019v6i3p155-179Resumo
Este trabalho teve como objetivo analisar as potencialidades de uma sequência didática para o ensino de Razão e Proporção, diferente das práticas usuais, aplicada para alunos do 7º ano do Ensino Fundamental e orientada pela seguinte questão pesquisa: Quais as contribuições que uma sequência didática, estruturada nos moldes do Ensino por Atividades, podem trazer para minimizar as dificuldades no processo de Ensino/ Aprendizagem de Razão e Proporção? O referencial teórico adotado tem como metodologia de pesquisa a Engenharia Didática que se desdobra nas seguintes etapas: Análises prévia; Experimentação e Análise a posteriori e Validação. Para a elaboração das atividades nos fundamentamos no Ensino por Atividades, além dos pressupostos de uma sequência didática proposta por Cabral (2017) e, para a análise dos dados coletados, usamos a Análise Microgenética. A partir das informações obtidas das análises prévias, por meio de uma revisão de estudos, da opinião de 65 discentes egressos do 7º ano do Ensino Fundamental e da consulta a 65 docentes de matemática da Educação Básica, identificamos algumas dificuldades no processo de ensino-aprendizagem de razão e proporção e elaboramos uma sequência didática com vinte e duas atividades para abordar os conteúdos. A experimentação foi aplicada em uma Escola municipal pública do município de Barcarena – PA com 25 alunos do 7º ano do nível fundamental. A análise dos resultados se deu por meio de uma abordagem microgenética coletadas a partir das interações entre professor e alunos, além do desempenho dos discentes na resolução de 10 questões contempladas em um teste final. Ao final do experimento, afirmamos que a sequência didática aplicada proporciona resultados favoráveis à aprendizagem dos alunos, pois após as atividades aplicadas, obtiveram um desempenho satisfatório na resolução de questões sobre os conteúdos em estudo.
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