A poesia e a filosofia face ao indizível: do experimentum linguae em Giorgio Agamben
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-4373.2020i24p153-164Palavras-chave:
Agamben, Bachmann, Heidegger, Wittgenstein, Benjamin, Indizível.Resumo
O artigo busca entender o sentido do sintagma experimentum linguaepresente em textos escritos pelo filósofo italiano Giorgio Agamben entre os anos 1989-1990. O artigo escolhe dois desses textos (uma introdução a uma edição italiana de um livro de Ingeborg Bachmann e um prefácio à edição francesa do livro Infância e história, ambos de 1989) para pensar em que medida a expressão experimentum linguaese apresenta como essencial para entender como a questão do indizível se apresenta tanto à poesia quanto à filosofia. Com o sintagma experimentum linguae, Agamben vem propor uma outra experiência da linguagem a partir da qual tenta desconstruir a ideia de indizível. Para isso, ele estabelece um diálogo não só com a poeta austríaca Ingeborg Bachmann, mas também com filósofos como Heidegger, Wittgenstein e Benjamin.