Diante da vitrine do moderno
João do Rio e Jacques Rancière
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-4373.2020i25p142-158Palavras-chave:
Olhar, Cidade, Modernidade, João do Rio, Jacques RancièreResumo
É proposta deste artigo focalizar algumas construções textuais em torno do olhar na crônica “As Mariposas do Luxo”, de João do Rio (1881-1921), inserida em seu livro A Alma encantadora das ruas, publicado em 1908. A partir do texto do escritor e cronista carioca elabora-se uma análise da cena de rua como metonímia de uma democratização das formas artísticas, aproximadas das formas da vida cotidiana em suas facetas citadinas. Para tanto, alude-se aos modos com os quais Jacques Rancière entende a modernização do olhar e as consequentes revisões do que o filósofo francês chama a partilha do sensível. Entende-se, assim, mostrar um modo de aproximação da cena escritural pelo sensível do qual ela é partícipe mais do que sua mera expressão.
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