Diante da vitrine do moderno

João do Rio e Jacques Rancière

Autores

  • osvaldo Fontes Filho Universidade Federal de São Paulo Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Departamento de História da Arte Programa de Pós-Graduação em História da Arte
  • Leila de Aguiar Costa Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/Universidade Federal de São Paulo https://orcid.org/0000-0001-5269-6327

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-4373.2020i25p142-158

Palavras-chave:

Olhar, Cidade, Modernidade, João do Rio, Jacques Rancière

Resumo

É proposta deste artigo focalizar algumas construções textuais em torno do olhar na crônica “As Mariposas do Luxo”, de João do Rio (1881-1921), inserida em seu livro A Alma encantadora das ruas, publicado em 1908. A partir do texto do escritor e cronista carioca elabora-se uma análise da cena de rua como metonímia de uma democratização das formas artísticas, aproximadas das formas da vida cotidiana em suas facetas citadinas. Para tanto, alude-se aos modos com os quais Jacques Rancière entende a modernização do olhar e as consequentes revisões do que o filósofo francês chama a partilha do sensível. Entende-se, assim, mostrar um modo de aproximação da cena escritural pelo sensível do qual ela é partícipe mais do que sua mera expressão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

osvaldo Fontes Filho, Universidade Federal de São Paulo Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Departamento de História da Arte Programa de Pós-Graduação em História da Arte

Docente no Departamento de História da Arte e no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da EFLCH da UNIFESP/campus Guarulhos osvaldo.fontes@unifesp.br

Leila de Aguiar Costa, Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/Universidade Federal de São Paulo

Profa.Dra.Adjunta IV no Departamento de Letras e no Programa de Pós-Graduação em Letras. Área de Estudos Literários.

Referências

ANTELO, R. João do Rio: o dândi e a especulação. Rio de Janeiro: Taurus/Timbre, 1989. Disponível em: https://www.academia.edu/35091573/ANTELO_R_Jo%C3%A3o_do_Rio_-_O_d%C3%A2ndi_e_a_especula%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 20 set. 2020.

BAUDELAIRE, C. Pequenos poemas em prosa [O Spleen de Paris]. São Paulo: Hedra, 2007.

CALADO, L. A belle époque nas crônicas de João do Rio: o olhar de um flâneur. [S.l; s.n.], 2008. Disponível em : https://fdocumentos.tips/document/a-belle-epoque-nas-cronicas-de-joao-do-rio-o-olhar-de-um-a-procura.html. Acesso em: 25 out. 2020.

HAZAN, E. A invenção de Paris. Trad. Mauro Pinheiro. São Paulo: Estação Liberdade, 2017.

HUYSMANS, J. Croquis parisienses. Organização, Posfácio, Notas e Tradução de Leila de Aguiar Costa. Florianópolis: Rafael Copetti Editor, 2020.

JACQUES, P. B. Elogio aos errantes. Salvador: EDUFBA, 2012.

O’DONNEL, J. De olho na rua: a cidade de João do Rio. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

OLIVEIRA, A. L. M.; GENS, R. M. C. Flanando pela Alma Encantadora das Ruas. Prefácio a A alma encantadora das ruas. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Divisão de Editoração, 1995, p. ix-xii.

RANCIÈRE, J. A democracia literária. Entrevista para Leneide Duarte-Plon. [S.l; s.n.], 2007. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/202193176/Dossie-Critica-literaria-A-democracia-literaria-Por-Leneide-Duarte-Plon . Acesso em: 25 out. 2020.

RANCIÈRE, J . Aisthesis. Scènes du régime esthétique de l’art. Paris: Galilée, 2011a.

RANCIÈRE, J. A revolução estética e seus resultados. São Paulo: Projeto Revoluções, 2011b. Disponível em: http://www.revolucoes.org.br. Acesso em: 20 set. 2020.

RANCIÈRE, J. Desventuras do pensamento crítico. In: O espectador emancipado. Trad. Ivone C. Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2012, p. 27-49.

RANCIÈRE, J. Figuras da história. Trad. Fernando Santos. São Paulo: Editora Unifesp, 2018.

RANCIÈRE, J. O que “médium” pode querer dizer: o exemplo da fotografia. Trad. Pedro Lapa. ARTisON n. 4, 2016, p. 34. Disponível em: http://artison.letras.ulisboa.pt/index.php/ao/article/view/101. Acesso em: 20 set. 2020.

RANCIÈRE, J. Últimas palavras. Folha de São Paulo, 27 setembro 1998. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs27099810.htm. Acesso em: 13 out. 2020.

RIO, J. (pseudônimo de João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto). A alma encantadora das ruas. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Divisão de Editoração, 1995. Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4204210/4101365/alma_encant_ruas.pdf. Acesso em : 20 set. 2020.

Downloads

Publicado

2020-12-07

Como Citar

Fontes Filho, osvaldo, & de Aguiar Costa, L. (2020). Diante da vitrine do moderno: João do Rio e Jacques Rancière. FronteiraZ. Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Literatura E Crítica Literária, (25), 142–158. https://doi.org/10.23925/1983-4373.2020i25p142-158

Edição

Seção

Ensaios Literários