Reexistência negra:
Apontamentos sobre ancestralidade/ contemporaneidade na (auto)biografia de Mahommah Gardo Baquaqua
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-4373.2022i28p108-123Palavras-chave:
Ancestralidade, Contemporaneidade, Escravidão, Mahommah Gardo Baquaqua, ResistênciaResumo
A (auto)biografia de Mahommah Gardo Baquaqua, em sua dimensão pessoal-coletiva, reverbera sentidos a contrapelo que, situando sujeitos diaspóricos, efetua importantes movimentos de resistência. Nesse sentido, a presente discussão propõe ressaltar a relação entre contemporaneidade e ancestralidade nessa narrativa, ressaltando a dinâmica textual que estabelece brechas no discurso branco-referenciado colonizatório de ordem europeia. Pautando-se em abordagem crítico-bibliográfica, a proposta tem como principais aportes as premissas acerca de ancestralidade (MARTINS, 2001; OLIVEIRA, 2020), contemporaneidade (AUGUSTO, 2018) e humanidade negra (MORAIS, 2020). A premissa é conceber a (auto)biografia do autor enquanto expressão tanto ancestral quanto contemporânea que aciona a desterritorialização de paradigmas excludentes. Como resultado, nota-se que a escrita de Mahommah Gardo Baquaqua protagoniza identidades autorais que reconhecem o corpo enquanto território de embate e de resistência coletivo-comunitária.
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