A concretude das palavras e as formas materiais da memória em Amada, de Toni Morrison

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-4373.2022i28p92-107

Palavras-chave:

Romance contemporâneo, Identidade, Toni Morrison, Amada, Memória

Resumo

Este ensaio traz uma análise do romance Amada (1987), da escritora estadunidense Toni Morrison, a partir da hipótese de que o ponto de fuga dos eventos do enredo é constituído por uma reflexão sobre o estatuto das palavras na sua relação com o registro das experiências dos escravos e seus descendentes. Longe de habitar um espaço de fluxo aberto ou liberdade discursiva, na sua lida com as palavras as personagens enfrentarão formas especificas de poder que ameaçam a manutenção de sua memória.  Desse ângulo, argumentaremos que o romance pode ser lido como uma discussão crítica sobre formas de sobrevivência de modos de sociabilidade pré-modernos no centro da vida contemporânea. Para isso, nos utilizaremos do conceito da “impossibilidade de narrar” que marcou parte central da discussão sobre a modernidade no trabalho de teóricos como Theodor Adorno e Walter Benjamin.

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Biografia do Autor

Marcos Soares, Universidade de São Paulo (USP)

Departartamento de Letras Modernas - USP

Referências

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Publicado

2022-07-12

Como Citar

Soares, M. (2022). A concretude das palavras e as formas materiais da memória em Amada, de Toni Morrison. FronteiraZ. Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Literatura E Crítica Literária, (28), 92–107. https://doi.org/10.23925/1983-4373.2022i28p92-107