A verdejante literatura de Virginia Woolf

notas de ecocrítica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-4373.2023i31p182-198

Palavras-chave:

Ecossistema, Meio ambiente, Planeta, Literatura Ecológica, Kew Gardens

Resumo

Buscamos, neste artigo, proporcionar um diálogo com os princípios defendidos pela ecocrítica a partir da leitura da produção literária da escritora inglesa Virginia Woolf, tendo como foco o conto “Kew Gardens”, em relação com a filosofia de Jean-Paul Sartre, na novela A náusea. Assim sendo, pretendemos demonstrar que as artes e a literatura, mas também a filosofia, quando pensadas em contato com a natureza, são valiosas aliadas para tornar visível a maneira parasitária com a qual os humanos têm se aproximado da natureza. Para tanto, serão utilizados os pressupostos teóricos da ecocrítica, que considera importantes todas as formas de vida que habitam o Planeta, bem como, brevemente, da crítica feminista, de modo a indicar a potência do feminino para perscrutar o universo vegetal. Quanto ao conto “Kew Gardens”, a tradução utilizada é a de Tomaz Tadeu, publicada na coletânea A arte da brevidade (2020), pela Editora Autêntica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Daniel Almeida Machado, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Angela Maria Guida, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS

Doutora em Ciência da Literatura e docente do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Referências

BEAUVOIR, S. de. O segundo sexo. v. 2. Trad. Sérgio Milliet. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1967.

BEAUVOIR, S. de. A força da idade. v. 1. Trad. Sérgio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017.

BOSI, A. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2013.

CAEIRO, A.; PESSOA; F. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2001.

GLOTFELTY, C.; FROMM, H. The Ecocriticism reader: landmarks in literary ecology. Athens and London: The University of Georgia Press, 1996.

HAN, B.-C. Louvor à Terra: uma viagem ao jardim. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2021 [Edição digital].

HARAWAY, D. O manifesto das espécies companheiras: cachorros, pessoas e alteridade significativa. Trad. Pê Moreira. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

HEIDEGGER, M. Os conceitos fundamentais da metafísica: mundo, finitude, solidão. Trad. Marco Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.

LE GUIN, U. K. Floresta é o nome do mundo. São Paulo: Editora Morro Branco, 2020.

MENDES, M. do C. No princípio era a natureza: percursos da ecocrítica. Revista Anthropocenica, v. 1, 2020. Disponível em: https://revistas.uminho.pt/index.php/anthropocenica/issue/archive. Acesso em: 15 nov. 2023.

MENDES, M. do C. Introdução. Revista Anthropocenica, v. 2, 2021. Disponível em: https://revistas.uminho.pt/index.php/anthropocenica/issue/view/193/167. Acesso em: 15 nov. 2023.

NASCIMENTO, E. Floresta é o mundo: o pensamento vegetal. In: VIANNA, H. et al. Ensaios Flip: plantas e literatura. Paraty: Ministério do Turismo / Associação Casa Azul, 2021. p. 83-102.

NASCIMENTO, E. Entrevista. Instituto Humanistas Unisinos. 2022. Disponível em: https://www.ihu.unisinos.br/categorias/159-entrevistas/619820-olhares-fito-e-zoo-aberturas-para-compreendermos-a-teia-da-vida-na-terra-que-habitamos-entrevista-especial-com-evando-nascimento. Acesso em: 15 nov. 2023.

OPPERMANN, S. Teorizando a Ecocrítica: Para uma Prática Ecocrítica Pós-Moderna. Trad. José Reis Eduardo. Porto: Edições Afrontamento e Instituto Literatura Comparada, Margarida Losa. 2019. (Coleção Pulsar).

SARTRE, J.-P. A náusea. Trad. Rita Braga. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2020.

WOOLF, V. The waves. United Kingdom: Random House, 2012.

WOOLF, V. Mrs Dalloway. Trad. Claudio Alves Marcondes. São Paulo: Penguim Classics Companhia das Letras, 2017.

WOOLF, V. Kew Gardens. In: WOOLF, V. A arte da brevidade. Contos. Trad. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica, 2020. p. 98-119.

WOOLF, V. To the lighthouse. United Kingdom: Renard Press LTD, 2021.

Downloads

Publicado

2023-12-19

Como Citar

Machado, D. A., & Guida, A. M. (2023). A verdejante literatura de Virginia Woolf: notas de ecocrítica. FronteiraZ. Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Literatura E Crítica Literária, (31), 182–198. https://doi.org/10.23925/1983-4373.2023i31p182-198