Paisagem do medo e do horror em O Esqueleto
crônica fantástica de Olinda
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-4373.2025i35p6-21Palavras-chave:
Topoanálise, Folhetim, Cruz do Patrão, Joaquim Maria Carneiro Vilela, MistérioResumo
Este artigo tem como objetivo demonstrar a importância da representação espacial como vetor para a composição da paisagem do horror na obra O Esqueleto: Crônica fantástica de Olinda, de autoria do escritor pernambucano Joaquim Maria Carneiro Vilela. A investigação se pauta pelos liames estabelecidos entre a tradição popular e a memória histórica em torno do monumento denominado Cruz do Patrão e em como elas são configurados no texto ficcional. A novela foi publicada originalmente em 1871, no folhetim América Ilustrada, e reeditada, pela quarta e última vez, no ano de 2015. A perspectiva de análise adotada é a topoanálise, além do conceito de paisagem, cujos referenciais teóricos encontram-se nos estudos de Yi-Fu Tuan (2005) e Ozíris Borges Filho (2007), e, a fim de apresentar o contexto da produção, outras referências serão acionadas, a exemplo de Josette Young (1983) e Francisco Augusto Pereira da Costa (1908).
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