“Ô bicharada, toma cuidado: o Bolsonaro vai matar viado!” Cantos homofóbicos de torcidas de futebol como dispositivos discursivos das masculinidades

Autores

Palavras-chave:

cantos homofóbicos, torcidas de futebol, dispositivos discursivos das masculinidades

Resumo

Sugere-se, neste artigo, que os cantos homofóbicos entoados pelas torcidas de futebol operam como dispositivos discursivos das masculinidades. No escopo de nossas reflexões, compreendemos tais discursos como corresponsáveis por propagandear/propagar discursos de ódio contra a população gay, como partícipes de uma rede discursiva que envolve outras modalidades de práticas homofóbicas (tais como os assassinatos) e, ainda, como dispositivos pedagógicos que, nos estádios e também para além deles, ensinam sobre os modos possíveis/interditados de ser homem. 

Biografia do Autor

Carlos Magno Camargos Mendonça, Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais

Professor Associado do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais ? DCS/UFMG-, professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFMG. Graduado em Comunicação Social - Jornalismo - pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais ? PUCMG - (1992), mestre em Comunicação Social pela UFMG (1999) e doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP - (2007). Pós-doutorado realizado na Universidad Complutense de Madrid ? UCM-, Espanha (2011/2012). Desenvolve pesquisas com foco na relação entre comunicação e estudos de gênero, performance, corpo, homossexualidade masculina e propaganda, com financiamentos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). É um dos líderes de pesquisa do Núcleo de Estudos em Estéticas do Performático e Experiência Comunicacional - NEEPEC. Para além de artigos em periódicos, capítulos de livros e livros organizados, no Brasil e no exterior, é autor do livro ?E o verbo se fez homem. Corpo e Mídia.? (2013). Membro da equipe de pesquisadores do projeto de cooperação internacional UFMG/Universidad Complutense de Madrid (Espanha). Bolsista Produtividade CNPq - PQ 2. 

Felipe Viero Kolinski Machado Mendonça, Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFOP.

É Professor Adjunto A (nível 1) do Departamento de Jornalismo (DEJOR) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto (PPGCOM UFOP). É Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), com bolsa CAPES. Realizou estágio doutoral no exterior, com bolsa CAPES/PDSE, junto ao Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA/ISCTE-IUL), em Lisboa/Portugal É Mestre em Ciências da Comunicação também pela UNISINOS, com bolsa CNPq. Realizou estágio junto ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (3 meses). É jornalista pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com bolsa FNDE. Entre os anos de 2017 e 2019 realizou estágio de pós-doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (Bolsa de Pós-Doutorado Júnior - PDJ/CNPq). Integra os grupos de Pesquisa Núcleo de Estudos Tramas Comunicacionais: Narrativa e Experiência (UFMG) e o Ponto: afetos, gêneros, narrativas (UFOP). Possui experiência profissional/estágio em rádio e em televisão e, como docente, ministra disciplinas teóricas, metodológicas e laboratoriais na área da comunicação e do jornalismo. Em suas pesquisas, interessa-se pelas seguintes áreas/temáticas: Produção de sentidos nas Mídias e no Jornalismo; Análise do Discurso Midiático e Estudo de rotinas produtivas; Geração, Gêneros e Sexualidades; Teoria Queer e Estudos Comunicacionais; Cultura Pop.

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Publicado

2021-04-19

Edição

Seção

Artigos | Articles