“Da minha sala pra sua”: teorizando o fenômeno das lives em mídias sociais

Autores

Palavras-chave:

ao vivo, streaming, conectividade, mídias sociais, plataforma, distanciamento social

Resumo

Nos últimos anos, as mais populares plataformas de mídias sociais incorporaram a possibilidade de seus usuários criarem, compartilharem e assistirem vídeos ao vivo. Nas chamadas lives, músicos, políticos, influenciadores e pessoas comuns fazem transmissões com variados níveis de improviso e flutuantes esforços de produção, frequentemente a partir do espaço íntimo de seus ambientes domésticos. Este artigo objetiva posicionar criticamente a emergência das lives no contexto da cultura da conectividade, e propor notas teóricas para a compreensão desse fenômeno que ganhou nova visibilidade graças ao isolamento social. São identificados tipos considerados exemplares — aqui denominados lives musicais, conversacionais, instrutivas, de pronunciamento e de companhia. Além disso, são apontados como aspectos centrais às lives o imediatismo, a aparente autenticidade — resultante da relativa imprevisibilidade, mas também de esforços em criar impressões de espontaneidade, familiaridade, intimidade e transparência – e a sensação de experiência compartilhada.

Biografia do Autor

Ludmila Lupinacci, London School of Economics and Political Science

Doutoranda no departamento de Media and Communications da London School of Economics and Political Science (LSE), no Reino Unido.

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Publicado

2021-07-07

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Artigos | Articles