O corpo místico do ator experimental no cinema
Palavras-chave:
Cinema experimenta, Ator cinematográfico, Corpo místico, Iconografia cristãResumo
Fora do enquadramento estético e institucional do que se convencionou chamar de arte cinematográfica clássica, houve um pujante grupo de manifestações atorais no cinema — majoritariamente de vertente experimental— cujo programa foi levar para a dimensão performativa de seu métier uma tese que perpassa muito da teoria do ator (no teatro e no cinema): sua santidade, possessão ou misticismo. Este trabalho intenta, então, perfazer uma genealogia de formas atorais no cinema que figuravam essa tese da transcendentalidade do trabalho do ator por meio da iconografia cristã, degradada nesses filmes pelo seu entorno marcado por violência, fome e injustiça. Assim, anticlericalismo e herança das artes visuais servem de base metodológica para acessar essa proposta de genealogia das formas atorais experimentais no cinema em três principais vias temáticas: 1) a revelação; 2) a crucificação e figura crística; 3) a Pietá e a Mater Dolorosa.
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