O corpo místico do ator experimental no cinema

Autores

Palavras-chave:

Cinema experimenta, Ator cinematográfico, Corpo místico, Iconografia cristã

Resumo

Fora do enquadramento estético e institucional do que se convencionou chamar de arte cinematográfica clássica, houve um pujante grupo de manifestações atorais no cinema — majoritariamente de vertente experimental— cujo programa foi levar para a dimensão performativa de seu métier uma tese que perpassa muito da teoria do ator (no teatro e no cinema): sua santidade, possessão ou misticismo. Este trabalho intenta, então, perfazer uma genealogia de formas atorais no cinema que figuravam essa tese da transcendentalidade do trabalho do ator por meio da iconografia cristã, degradada nesses filmes pelo seu entorno marcado por violência, fome e injustiça. Assim, anticlericalismo e herança das artes visuais servem de base metodológica para acessar essa proposta de genealogia das formas atorais experimentais no cinema em três principais vias temáticas: 1) a revelação; 2) a crucificação e figura crística; 3) a Pietá e a Mater Dolorosa.

Biografia do Autor

Sandro de Oliveira, Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Goiás (UFG, 1991), mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP, 2002) e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp, 2019) com pesquisa na área de atuação experimental no cinema. Docente da Universidade Estadual de Goiás (UEG) nas disciplinas de História do Cinema e linguagens audiovisuais no curso de Cinema e Audiovisual. É membro da ACCRA (Approches contemporaines de la création et de la réflexion artistiques), Laboratório de Pesquisa sobre Artes e Mídia da Universidade de Estrasburgo, França. Participa de Grupos de Pesquisas CRIA (Centro de Realização e Investigação Audiovisual, UEG) e do GEAs (Grupo de Estudos do Ator no Audiovisual, Unicamp).

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Publicado

2023-03-21

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