Cinema, vídeo e opressão
o primeiro livro de Eisenstein por Arlindo Machado em meio à censura no Brasil
Palavras-chave:
Eisenstein, Arlindo Machado, censuraResumo
Este artigo aborda a censura nos filmes e teorias cinematográficas do renomado cineasta russo Sergei Eisenstein. No intervalo de tempo que se estendeu de 1964 a 1985, o Brasil esteve sob o regime de governo conhecido como ditadura civil-militar, uma fase marcada por uma governança autoritária. Investigamos as ideias inovadoras de Eisenstein sobre montagem, composição visual e narrativa cinematográfica, que foram restringidas no contexto brasileiro devido às políticas de censura. Além disso, examinamos o papel crucial desempenhado pelo teórico brasileiro Arlindo Machado, uma autoridade em estudos de imagem, vídeo e cinema no país, na disseminação clandestina dessas teorias. Arlindo não apenas defendeu as ideias de Eisenstein, mas também desenvolveu análises relativas às metodologias técnicas de produção de imagens e às etapas envolvidas na criação cinematográfica, muitas das quais foram fundamentadas nas inovações do cineasta russo. Este ensaio explora um segmento da vida desses dois influentes teóricos e sua significativa contribuição para a disseminação das teorias cinematográficas em meio à censura governamental. Além disso, destaca os esforços de Arlindo Machado na promoção de uma educação voltada para o pensamento crítico e imagético relacionado ao vídeo e ao cinema no Brasil, apesar das restrições impostas pelo governo.
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