“Bandido bom é bandido morto”: violência policial, tortura e execuções em Tropa de Elite

Autores

  • Simone Maria Rocha Universidade Federal de Minas Gerais
  • Ângela Salgueiro Marque

Resumo

O propósito deste artigo é investigar como os filmes brasileiros usam representações da violência e da opressão simbólica para mostrar o abuso da força policial em ações de combate contra o crime nas favelas brasileiras. Analisaremos um filme recente, Tropa de Elite (2007), no qual métodos de tortura são usados para obtenção de confissões e execuções a sangue frio são feitas sem nenhum julgamento, corroborando a máxima segundo a qual “bandido bom é bandido morto”. A violação dos direitos humanos será discutida enfocando-se a questão de como os policiais lidam com os cidadãos pobres e marginalizados trazendo à tona o fato de que cidadania no Brasil é um tema que deve ser tratado como uma questão de direitos humanos, mas também, como de reconhecimento social. Metodologicamente, nossa análise está baseada na “crítica diagnóstica da cultura” (Kellner, 2001) que enfatiza duas dimensões: i) o horizonte social do filme; e ii) seu campo discursivo (análise da mensagem e de outros recursos visuais e expressivos).

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Biografia do Autor

Simone Maria Rocha, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ com pós-doutorado pela UFMG. Professora do Programa de Póg-Graduação em Comunicação Social da UFMG e coordenadora do Grupo de Pesquisa em Comunicação, Mídia e Cultura (COMCULT).

Ângela Salgueiro Marque

Doutora em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e pesquisadora associada ao GRESEC (Groupe de Recherche sur les Enjeux de la Communication) do Institut de la Communication et des Médias, Université Stendhal, Grenoble-França.

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Publicado

2010-07-24

Edição

Seção

Dossiê | Dossier