Toxicity and discursive violence against women federal deputies on Twitter

Authors

Keywords:

discursive violence, toxicity, federal deputies, Tweeter

Abstract

The paper discusses how social media platforms have acted to legitimize and spread rather than manipulate toxic discourses, particularly with regard to gender-based violence against women in Brazilian politics. Our research seeks to understand: (1) which discourses emerge targeting Brazilian federal deputies (with mandates between 2019 and 2022) and their possible effects; and (2) whether there is a difference between toxic speeches directed to women deputies on different sides of the political party spectrum. To this end, we have analyzed 500,000 tweets published in June 2022 that directly mentioned female deputies in their last term. Through a qualitative-quantitative analysis, we identified two large categories of toxic discourses: one related exclusively to the figure of women, i.e., gender-based violence, and the other relation to the political group of which those women are part, that is, party-political nature attacks.

Author Biographies

Camilla Quesada Tavares, Universidade Federal do Maranhão

Professora adjunta da graduação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA/Imperatriz). Doutora em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em Ciências Sociais Aplicadas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela mesma instituição. Coordenadora do grupo de pesquisa Comunicação, Política e Sociedade (COPS/UFMA). Foi pesquisadora do grupo Jornalismo e Gênero (UEPG). Editora adjunta da Revista Contracampo (PPGCOM/UFF). Desenvolve pesquisas sobre a atuação profissional, crise do jornalismo, cobertura jornalística, comunicação política, campanhas eleitorais e comunicação e gênero.

Raquel Recuero, Universidade Federal de Pelotas / Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Raquel Recuero é professora adjunta da graduação e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutora em Comunicação pela UFRGS. É coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Mídia, Discurso e Análise de Redes Sociais (MIDIARS) e pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Disputas e Soberanias Informacionais (INCT-DSI).

References

ARAÚJO, C; ALVES, J. Impactos de indicadores sociais e do sistema eleitoral sobre as chances das mulheres nas eleições e suas interações com as cotas. Dados - Revista de Ciências Sociais, v. 50, n. 3, p. 535-577, 2007.

AROYO, L.; et alii. Crowdsourcing subjective tasks: the case study of understanding toxicity in online discussions. In: International World Wide Web Conference Committee, p. 1100-1105, 2019. DOI: Disponível em: https://doi.org/10.1145/3308560.3317083. Acesso em: 29 set. 2023.

BARROS, A.; BUSANELLO, E. Machismo discursivo: modos de interdição da voz das mulheres no parlamento brasileiro. Revista Estudos Feministas, v. 27, n. 2, p. 1-15, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/xYh6dxnNQ6LV9M9DC976tDg/?lang=pt. Acesso em: 12 out. 2023.

BEARD, M. Mulheres e Poder. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018.

BIROLI, F. Divisão sexual do trabalho e democracia. Dados – Revista de Ciências Sociais, v. 59, n. 3, p. 719-681, 2016. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.1590/00115258201690. Acesso em: 29 set. 2023.

______. Uma mulher foi deposta: sexismo, misoginia e violência política. In: RUBIM, L.; ARGOLO, F. (Orgs). O golpe na perspectiva de gênero. Salvador: EdUFBA, 2018. p. 75-84.

BOLOGNESI, B; RIBEIRO, E; CODATO, A. A new ideological classification of the Brazilian political parties. SciELO Preprints, 2021.

BOYD, d. Social Network Sites as Networked Publics: Affordances, Dynamics, and Implications. In: PAPACHARISSI, Z. (ed.). Networked Self: Identity, Community, and Culture on Social Network Sites, 2010, p. 39-58.

BOURDIEU, P. Language and Symbolic Power. Massachusetts: Harvard University Press, 1991.

BRASIL. Lei n. 14.192, de 4 de agosto de 2021. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 ago. 2021. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14192.htm. Acesso em: 29 set. 2023.

CALVERT, C. Hate speech and its harms: a communication theory perspective. Journal of Communication, v. 47, n. 1, p. 4-19, 1997.

CASTAÑO-PULGARÍN, S.; et alii. Internet, social media and online hate speech. Systematic review. Aggression and Violent Behavior, v. 58, p. 1-7, 2021. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.1016/j.avb.2021.101608. Acesso em: 29 set. 2023.

CERVI, E. U. O uso do HGPE como recurso partidário em eleições proporcionais no Brasil: um instrumento de análise de conteúdo. Opinião Pública, v. 17, n, 1, p. 106-136, 2011.

D'ANDREA, C. F. Pesquisando plataformas online: conceitos e métodos. Salvador: EDUFBA, 2020.

FERREIRA, D.; RODRIGUES, C.; CUNHA, S. Relatório de violência política contra a mulher. Brasília: Transparência eleitoral Brasil, 2021. Disponível em: https://static.poder360.com.br/2021/12/relatorio-de-violencia-politica-contra-a-mulher.pdf. Acesso em: 29 set. 2023.

FISCHER, R. Foucault e a análise do discurso em educação. Cadernos de Pesquisa, n. 114, p. 197-223, 2001.

FORTUNA, P.; SOLER-COMPANY, J.; WANNER, L. How well do hate speech, toxicity, abusive and offensive language classification models generalize across datasets? Information Processing and Management, n. 58, p. 2-17, 2021.

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1996.

GRUZD, A.; MAI, P. Going viral: How a single tweet spawned a COVID-19 conspiracy theory on Twitter. Big Data e Society, v. 7, n. 2, p. 1-9, 2020.

KROOKS; M. L.; SANÍN, J. R. The Cost of Doing Politics? Analyzing Violence and Harassment against Female Politicians. Perspectives on Politics, v. 18, n. 3, p. 740-755, 2020.

LEITÃO, C. Imaginário, mulher e poder no Brasil: reflexões acerca do impeachment de Dilma Roussef. In: RUBIM, L.; ARGOLO, F. (Orgs). O golpe na perspectiva de gênero. Salvador: EdUFBA, 2018. p. 51-64.

LINDGREEN, S. Introducing Connected Concept Analysis: A network approach to big text datasets. Text & Talk, v. 36, n. 3, p. 341-362, 2016. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.1515/text-2016-0016. Acesso em: 29 set. 2023.

MASSUCHIN, M. G.; TAVARES, C. Q. Gênero na propaganda eleitoral: as candidatas dos pleitos majoritários de 2018 e o discurso protagonizado no Horário Gratuito Político Eleitoral (HGPE). Revista Brasileira de Ciência Política, n. 39, p. 1-39, 2022.

MIGUEL, L. F. Gênero e representação política. In: MIGUEL, L. F.; BIROLI, F. Feminismo e política. São Paulo: Boitempo, 2014. p. 17-30.

______; BIROLI, F. Práticas de gênero e carreiras políticas: vertentes explicativas. Revista Estudos Feministas, v. 18, n. 3, p. 653-679, 2010.

MORITZ, M.; RITA, M. Mídia impressa e gênero na construção do impeachment de Dilma Rousseff. Intercom, v. 43, n. 2, p. 203-223, 2020. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.1590/1809-58442020211. Acesso em: 29 set. 2023.

OMILUSI, M. Da hibernação conveniente ao desespero circunstancial: discurso de ódio, comunicação político partidária e as eleições gerais de 2015 na Nigéria. Revista Brasileira de Estudos Africanos, v. 2, n. 4, p.164-188, 2017.

PANKE, L. Campanhas eleitorais para as mulheres: desafios e tendências. Curitiba: Editora UFPR, 2016.

______; IASULAITIS, S. Mulheres no poder: aspectos sobre o discurso feminino nas campanhas eleitorais. Opinião Pública, v. 22, n. 2, p.385-417, 2016.

PAVLOPOULOS, J.; et alii. Toxicity Detection: Does Context Really Matter? ArXiv, p. 4296-4305, 2020. Disponível em: https://arxiv.org/abs/2006.00998. Acesso em: 29 set. 2023.

PAZ, M. A.; MONTERO-DÍAZ, J. MORENO-DELGADO, A. Hate Speech: A Systematized Review. Sage Open, p. 1-12, 2020. Disponível em: DOI: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/2158244020973022. Acesso em: 29 set. 2023.

PINHO, T. Debaixo do tapete: a violência política de gênero e o silêncio do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Revista Estudos Feministas, v. 28, n. 2, p. 1-14, 2020. Disponível em: DOI: 10.1590/1806-9584-2020v28n267271. Acesso em: 29 set. 2023.

POELL, T.; NIEBORG, D.; VAN DIJCK, J. Platformisation. Internet Policy Review, v. 8, n. 4, p. 1-13, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.14763/2019.4.1425. Acesso em: 29 set. 2023.

PROM, C. Tool Report: Social Feed Manager. MAC Newsletter, v. 45, n. 2, p. 21-25, 2017.

PRUDÊNCIO, K.; RIZZOTTO, C.; SAMPAIO, R. A normalização do golpe: o esvaziamento da política na cobertura jornalística do “impeachment” de Dilma Rousseff. Revista Contracampo, v. 37, n. 2, p. 8-36, 2018.

RANEY, T.; COLLIER, C. Privilege and Gendered Violence in the Canadian and British Houses of Commons: A Feminist Institutionalist Analysis. Parliamentary Affairs, n. 75, p. 382–399, 2022.

RECUERO, R. #FraudenasUrnas: estratégias discursivas de desinformação no Twitter nas eleições 2018. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 20, n. 3, p. 383-406, 2020. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.1590/1984-6398202014635. Acesso em: 29 set. 2023.

______; SOARES, P. Violência simbólica e redes sociais no Facebook: o caso da fanpage “Diva Depressão”. Galáxia, n. 26, p. 239-254, 2013.

______; ______; ZAGO, G. Polarização, hiperpartidarismo e câmaras de eco: como circula a desinformação sobre COVID-19 no Twitter. Revista Contracampo, v. 40, n. 1, p. 1-17, 2021. Disponível em: DOI: http://doi.org/10.22409/contracampo.v40i1.45611. Acesso em: 29 set. 2023.

REVISTA AZMINA; INTERNETLAB. MonitorA: relatório sobre violência política online em páginas e perfis de candidatas(os) nas eleições municipais de 2020. São Paulo, 2021.

ROSSINI, P. Toxic for Whom? Examining the Targets of Uncivil and Intolerant Discourse in Online Political Talk. In: MOY, P.; MATHELSON, D. (eds.). Voices: Exploring the shifting contours of Communication. New York: Peter Lang, 2019. p. 1-21.

SABBATINI, L.; et alii. Mapa da Violência Política de Gênero em Plataformas Digitais. Niterói: coLAB/UFF, 2023. 60 p. (Série DDoS Lab). Disponível em: DOI: 10.56465/ddoslab.2023.002. Acesso em: 29 set. 2023.

SARMENTO, R. Mídia, gênero e política: breve mapeamento de horizontes analíticos. Ação Midiática, v. 2, n. 5, p. 1-15, 2013.

______. Estudos feministas de mídia e política: uma visão geral. BIB - Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, v. 87, p. 181-202, 2018.

SCHABBACH, L. M. A reprodução simbólica das desigualdades entre mulheres e homens no Brasil. Opinião Pública, v. 26, n. 2, p. 323-350, 2020. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.1590/1807-01912020262323. Acesso em: 29 set. 2023.

SCHEIDWEILER, G.; OLIVEIRA, A. C. S; SOUSA, J. Mulheres Parlamentares e Representação Substantiva no Brasil. Revista Estudos Feministas, v. 31, n. 1, p. 1-15, 2023.

SILVA, L.; FRANCISCO, R.; SAMPAIO, R. Discurso de ódio nas redes sociais digitais: tipos e formas de intolerância na página oficial de Jair Bolsonaro no Facebook. Galáxia, n. 46, p. 1-26, 2021. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.1590/1982-2553202151831. Acesso em: 29 set. 2023.

SILVEIRA, M. Democracia de gênero e seus desafios: como as ações afirmativas para participação feminina na política devem ser aprimoradas. Rev. Fac. Direito UFMG, n. 75, p. 323-348, 2019. Disponível em: DOI: 10.12818/P.0304-2340.2019v75p323. Acesso em: 29 set. 2023.

SPOHR, A.; et alii. Participação política de mulheres na América Latina: o impacto de cotas e de lista fechada. Revista Estudos Feministas, v. 24, n. 2, p. 417-441, 2016.

SPONHOLZ, L. O papel dos discursos de ódio (online) na ascensão da extrema direita: um aporte teórico. Confluências, v. 22, n. 3, p. 220-243, 2020.

STOCKER, P.; DALMASO, S. Uma questão de gênero: ofensas de leitores à Dilma Rousseff no Facebook da Folha. Revista Estudos Feministas, v. 24, n. 3, p. 679-690, 2016.

TAVARES, C. Q.; MASSUCHIN, M. G. Mulheres nas disputas proporcionais: as candidatas a deputada federal do Paraná na propaganda eleitoral televisiva de 2014. In: MIGUEL, L. F. (Org.). Mulheres e representação política: 25 anos de estudos sobre cotas eleitorais no Brasil. 1ed. Porto Alegre: Zouk, 2021, p. 333-350.

TAVARES, C. Q.; et alii. Comunicação e Gênero como área de pesquisa: características e desenvolvimento dos estudos a partir da análise bibliométrica. Intercom, v. 44, p. 83-101, 2021.

TIRRELL, L. Toxic Speech: Toward an Epidemiology of Discursive Harm. Philosophy of Language, v. 45, n. 2, p. 139-162, 2017.

VAN DIJCK, J. The Culture of Connectivity. New York: Oxford Press, 2013.

VOLCAN, T. O papel do humor no discurso político: uma análise dos perfis Dilma Bolada e Dilma Rousseff no Facebook. 2014. 219f. Dissertação (Mestrado em Letras). Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, 2014.

WASSERMAN, S.; FAUST, K. Social networks analysis: methods and applications. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.

WULCZYN, E.; THAIN, N.; DIXON, L. Ex Machina: Personal attacks seen at scale. In: International World Wide Web Conference Committee, p. 1391-1399, 2017. Disponível em: DOI: http://dx.doi.org/10.1145/3038912.305259. Acesso em: 29 set. 2023.

Published

2023-11-14

Issue

Section

Artigos | Articles