Cinema e contraluz: limiares da repressão na cultura midiática argentina

Autores/as

  • Márcio Serelle Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)

Palabras clave:

Cinema argentino, totalitarismo, cultura midiática, narrativa

Resumen

Este artigo busca examinar em filmes argentinos (notadamente Valentín, Kamchatka e O segredo dos seus olhos) o procedimento da contraluz, entendido como um modo de composição narrativa em que eventos relacionados a ditaduras e outras formas de repressão movem-se no escuro, porém atuando agudamente sobre a trajetória das personagens.A partir de uma breve recuperação do movimento de internacionalização da cinematografia argentina, que, já em meados de 1980, articula estruturas dramáticas convencionaise denúncia política, pretende-se analisar o modo como parte do cinema deste século representa a violência de estados autoritários. Seja pelo investimento imaginativo, pela metalinguagem ou pela alegoria, essas narrativas renunciam às imagens explícitas da violência dos aparatos repressores e engendram dramaturgias de grande eficácia comunicacional. Coloca-se, assim, em discussão, a capacidade reflexiva desses filmes no que se refere às relações entre o ficcional, o midiático e o social.

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Biografía del autor/a

Márcio Serelle, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)

Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, Interações Midiáticas, da PUC Minas. Pesquisador do CNPq.

Publicado

2014-12-13

Número

Sección

Artigos | Articles