De olho no minotauro: a poética do labirinto em tessituras eletrônicas de Andrei Thomaz
Palabras clave:
artes digitais, labirinto, hipermídia, Andrei Thomaz.Resumen
Investigamos neste artigo como a metáfora do labirinto, em íntima relação com outras imagens da complexidade e da interconexão, como a rede e o rizoma, é uma constante em diferentes obras do artista Andrei Thomaz, especialmente naquelas que aqui tomamos como objeto de análise: Dédalo e Ariadne, A caça e o caçador e Biblioteca. Em tais projetos, percebemos uma evidente trama de conexões intertextuais e intermidiáticas, nas quais chamam mais atenção os movimentos de passagens entre esses discursos do que uma suposta especificidade de cada linguagem artística. A metáfora do labirinto serve-nos, pois, de fio de Ariadne com o qual possamos deambular entre os trabalhos de Thomaz e os textos da cultura por eles evocados, de modo a nortear nossa reflexão sobre como muitas dinâmicas hipermidiáticas se estruturam como labirintos. Nestes, com frequência o usuário é convidado a experimentar os sentidos de desorientação e exploração que caracterizam todo dédalo, sob a eterna ameaça de um minotauro, uma dúvida, uma disrupção interpretativa que só tornam o caminho mais interessante.
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