A vida sentimental das mercadorias: a estética da “fofura” e seus jogos de poder na arte de Jeff Koons

Autores

  • Pedro Pinheiro Neves Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

artes visuais, estética, mercadoria, Jeff Koons.

Resumo

Este artigo analisa algumas obras do artista Jeff Koons fazendo uso da categoria estética vernacular cute (fofo, adorável em inglês). Em suas esculturas representando bichinhos e brinquedos, Koons dá expressão formal para as contradições e ambiguidades do cute, de forma a explicitar os sentimentos ambivalentes e anseios que lastreiam a relação dos sujeitos consumidores-espectadores do capitalismo tardio com as mercadorias que os circundam. Pensar a mercadoria e o consumo – cultural, inclusive – a partir da estética da fofura nos ajuda, argumentamos, a melhor entender o próprio lugar da arte em um circuito globalizado e crescentemente dominado pela lógica mercadológica neoliberal. A obra de Koons, um dos artistas contemporâneos mais populares e nanceiramente bem-sucedidos, é local privilegiado para observar as oscilações de poder no campo das artes visuais. 

Biografia do Autor

Pedro Pinheiro Neves, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutorando em Comunicação na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco.

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Publicado

2018-08-01

Como Citar

Neves, P. P. (2018). A vida sentimental das mercadorias: a estética da “fofura” e seus jogos de poder na arte de Jeff Koons. GALÁxIA. Revista Interdisciplinar De Comunicação E Cultura, (38). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/33779

Edição

Seção

Artigos | Articles