Missa do Galo de Machado de Assis e a Avaliatividade Implícita : um enfoque da Linguística Sistêmico-Funcional

Maria do Socorro Suzano Montinegro

Auteurs

Maria do Socorro Suzano Montinegro Pontifícia Universidade Católica de São Paulo https://orcid.org/0000-0002-3020-136X

Mots-clés :

Missa do Galo, Escolhas lexicogramaticais, Linguística Sistêmico-Funcional, Linguística Crítica

Résumé

Missa do Galo, conto de Machado de Assis, trata do diálogo entre Nogueira, um jovem pensionista, e Conceição, a hospedeira, em uma noite de Natal em que uma simples conversa pode apresentar um jogo sublime e indireto, aparentemente banal, mas que intriga Nogueira. Este estudo apoia-se Na Linguística Sistêmico-Funcional, que oferece um instrumento analítico específico para o exame sistemático das motivações, propósitos, suposições e interesse dos produtores do texto e tem como objetivo a análise crítica das escolhas lexicogramaticais feitas no conto a fim de desvendar o que subjaz ao diálogo entre as personagens.

Biographie de l'auteur

Maria do Socorro Suzano Montinegro, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Atualmente, como bolsista do CNPq, cursa o Doutorado em Linguística Aplicada, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e atua como professora de Ensino Fundamental II e Médio. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa.

Références

ABREU, A. S. A Arte de Argumentar – Gerenciando Razão e Emoção. São Paulo: Ateliê Editorial, 2008.

ASSIS, M. Missa do Galo. In: PROENÇA-FILHO, D. Melhores contos. São Paulo: Global, 2010.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BEDNAREK, M. A. Frames revisited – the coherence-inducing function of frames. Journal of Pragmatics, 37.5, p. 685-706, 2005.

COFFIN, C.; O’HALLORAN, K. The role of appraisal and corpora in detecting covert evaluation. Functions of Language, 13.1, p. 77-110, 2006.

COUTINHO, A. A literatura no Brasil. São Paulo: Global, 2004.

DU BOIS, J. Taking a stance: constituting the stance differential in dialogic interaction. Annual Meeting of the American Anthropological Association, San Francisco, 2000.

DU BOIS, J. Stance and consequence: Annual Meeting of the American Anthropological Association, New Orleans, 2002.

DU BOIS, J. The intersubjectivity of interaction. The Tenth Biennial Rice University Symposium on Linguistics: “Stancetaking in Discourse: Subjectivity in Interaction”, Rice University, 2004.

FAIRCLOUGH, N. Discurso e Mudança Social. Brasília: UnB, 2001.

FLØTTUM, K. EU discourse: Polyphony and unclearness. Journal of Pragmatics, v. 42, n.4, p.990-999, 2010.

FOWLER, R. Language in the news. Nova York: Routledge, 1991.

GOATLY, A. The language of metaphors. Nova York: Routledge, 1997.

HALLIDAY, M. A. K. An introduction to Functional Grammar. Londres: Arnold, 1994.

HALLIDAY, M. A. K.; MATTHIESSEN, C. M. I. An introduction to Functional Grammar. Londres: Arnold, 2004.

HODGE, R.; KRESS. G. Social Semiotics. Nova York: Cornell Up, 1988.

KÄRKKÄINEN, E. Stance taking in conversation: From subjectivity to intersubjectivity. Text & Talk, 26.6, p. 699-731, 2006.

KITIS, E.; MILAPIDES, M. Read it and believe it: How metaphor constructs ideology in news discourse. A case study. Journal of Pragmatics, v. 28, p. 557-590, 1997.

LATOUR, B.; WOOLGAR, S. Laboratory life: the social construction of scientific facts. Califórnia: Sage, 1979.

LEMKE, J. Resources for attitudinal meaning: Evaluative orientations in text semantics. Functions of Language, 5.1, p. 33-56, 1998.

LI, J. Transitivity and Lexical Cohesion: Press Representations of a Political Disaster and its actors. Journal of Pragmatics, 42.12, p. 3444-3458, 2010.

MACKEN-HORARIK, M. Appraisal and the special instructiveness of narrative. Text, 23.2, p. 285-312 2003.

MARTIN, J. R.; MATTHIESSEN, M. I. M; PAINTER, C. Developing Functional Grammar extensively revised. Shanghai: Commercial Press, 1997.

MARTIN, J. R. Beyond exchange: Appraisal Systems in English. In: HUNSTON, S.; THOMPSON, G. (org.) Evaluation in text: authorial stance and the construction of discourse. Oxford: University Press, 2000.

MARTIN, J. R.; WHITE, P. R. R. The Language of Evaluation: Appraisal in English. Londres: Palgrave Macmillan, 2005.

MINSKY, M. A Theory of Systemic Fragility. In: ALTMAN, E. I.; SAMETZ, A. W. (org.) Financial Crises: Institutions and Markets in a Fragile Environment. Nova York: John Wiley and Sons, 1977.

MOISÉS, M. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 2004.

MOISÉS, M. A análise literária. São Paulo: Cultrix, 2007.

TANNEN, D. Introduction. In: TANNEN, D. (org.). Gender and conversation interaction. Nova York: Oxford University Press, 1993b.

THIBAULT, P. J. Social semiotic as praxis: Text, Social Meaning Making and Nabokov’s ‘Ada’, Minneapolis: University of Minneapolis Press, 1991.

THOMPSON, G. Resonance in text. In SANCHEZ-MACARRO, A; CARTER, R. (org.) Linguistic choice across genres: Variation in spoken and written English. Amsterdã: John Benjamins, 1998.

UNGERER, F.; SCHMID, H. An Introduction to Cognitive Linguistics. Londres: Longman, 1996.

VAN DIJK, T. A. News Analysis: Case Studies of International and National News in the Press. Nova Jersey: Lawrence Erlbaum Associates,1988.

YULE, G. The study of language. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.