Uma leitura interseccional sobre o perfil sociológico de pessoas idosas que frequentaram disciplinas isoladas de graduação presencial em uma universidade federal

Autores

  • Eduardo Ramirez Meza Universidade Federal de Mato Grosso do Sul https://orcid.org/0000-0002-7122-2415
  • Marcelo Victor da Rosa Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-901X.2021v24i4p9-29

Palavras-chave:

Geração, Educação, Interseccionalidade

Resumo

A leitura interseccional realizada sobre o perfil sociológico de 69 pessoas idosas, participantes de disciplinas isoladas de graduação presencial da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, demonstra que, na constituição destes sujeitos, a categoria geração se intersecciona, especialmente, com marcadores sociais da diferença de gênero, raça/etnia e classe social. Os primeiros dados articulados entre si revelam a importância de se problematizar o contexto do micro (pessoa idosa) ao macro (práticas regulatórias que envolvem a velhice).

Biografia do Autor

Eduardo Ramirez Meza, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Graduado em Ciências Sociais, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais da UFMS. Coordena o Programa Universidade Aberta à Pessoa Idosa/UFMS e chefia a Divisão de Planejamento da Extensão/UFMS.

 

 

Marcelo Victor da Rosa, Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutor em Educação (UFMS). Professor nos Programas de Pós-Graduação em Estudos Culturais (PPGCult) e Educação (PPGEdu) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Líder do Núcleo de Estudos Néstor Perlongher.

Referências

Almeida, C. E. M. (2009). O discurso de inclusão nas políticas de educação superior (2003-2008). Tese de doutorado em Educação. Campo Grande, MS: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Recuperado em 20 maio, 2021, de: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/691.

Bhabha, H. K. (1998). O local da Cultura. Belo Horizonte, MG: Ed. UFMG.

Bourdieu, P. (2003). A “juventude” é apenas uma palavra. In: Bourdieu, P. Questões de sociologia. Lisboa, Portugal: Fim de Século, 151-162.

Brasil. (1994). Lei n.º 8.842, de 4 de fevereiro de 1994. Dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Recuperado em 10 maio, 2021, de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8842.htm.

Brasil. (2003). Lei n.º 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Recuperado em 10 maio, 2021, de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm.

Britto da Motta, A. (2010). A atualidade do conceito de gerações na pesquisa sobre o envelhecimento. Brasília, DF: Sociedade e Estado, 25(2), 225-250. Recuperado em 4 fevereiro, 2021, de: https://doi.org/10.1590/S0102-69922010000200005.

Cacciamali, M. C.; & Hirata, G. I. (2005). A influência da raça e do gênero nas oportunidades de obtenção de renda – uma análise da discriminação em mercados de trabalho distintos: Bahia e São Paulo. São Paulo, SP: Estudos Econômicos, 35(4), 767-795. Recuperado em 11 julho, 2021, de: https://doi.org/10.1590/S0101-41612005000400007.

Camarano, A. A., Kanso, S., & Mello, J. L. (2004). Como vive o idoso brasileiro. In: Camarano, A. A. (Org.). Os novos idosos brasileiros: muito além dos 60? Rio de Janeiro, RJ: IPEA, 25-73. Recuperado em 12 maio, 2021, de: https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=5476.

Collins, P. H. (2017). Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória. São Paulo, SP: Parágrafo, 5(1), 6-17. Recuperado em 10 dezembro, 2020 de: https://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/issue/view/56.

Crenshaw, K. (2002). Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Florianópolis, SC: Revista Estudos Feministas, 10(1), 171-188. Recuperado em 16 agosto, 2020, de: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000100011.

Daniel, C. (2011). O trabalho e a questão de gênero: a participação de mulheres na dinâmica do trabalho. O Social em Questão, 25/26, 323-344. Recuperado em 20 maio, 2021, de: http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/17_OSQ_25_26_Daniel.pdf

Debert, G., & Brigeiro, M. (2012). Fronteiras de gênero e a sexualidade na velhice. São Paulo, SP: Revista Brasileira de Ciências Sociais, 27(80), 37-54. Recuperado em 11 julho, 2021, de: https://doi.org/10.1590/S0102-69092012000300003.

De Masi, D. (2001). O futuro do trabalho: fadiga e ócio na sociedade pós-industrial. Rio de Janeiro: José Olympio.

Duarte, J. C. dos S. (2021). “Tô velha, mas não tô morta”: um olhar antropológico sobre mulheres que participam do projeto Universidade Aberta à Pessoa Idosa da UFMS. (144f.). Dissertação de Mestrado em Antropologia Social. Campo Grande, MS: Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Recuperado em 10 julho, 2021, de: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3670.

Favero, S. (2019). Cisgeneridades precárias: raça, gênero e sexualidade na contramão da política do relato. Natal, RN: Bagoas, 13(20), 169-197. Recuperado em 12 julho, 2021, de: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/18675.

Gouvêa, J. B. (2016). Pensando as relações raciais no mundo do trabalho: um olhar a partir da branquitude. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ESTUDOS ORGANIZACIONAIS, 4., Anais... Porto Alegre. RS: UFRGS, 1-8. Recuperado em 11 julho, 2021, de: https://anaiscbeo.emnuvens.com.br/cbeo/article/view/66.

Leite, M. de P. (2017). Gênero e trabalho no Brasil: os desafios da desigualdade. São Paulo, SP: Revista Ciências do Trabalho, 8, 45-60. Recuperado em 11 julho, 2021, de: https://rct.dieese.org.br/index.php/rct/article/view/144/pdf.

Mannheim, K. (1993). El problema de las generaciones. Madrid: REIS - Revista Española de Investigaciones Sociológicas, 62(93), 193-242. Recuperado em 11 dezembro, 2020, de: http://www.reis.cis.es/REIS/jsp/REIS.jsp?opcion=revistas&numero=62.

Marques, E.P. de S. (2010). O Programa Universidade para Todos e a inserção de negros na Educação Superior: a experiência de duas Instituições de Educação Superior de Mato Grosso do Sul – 2005-2008. (269f.). Tese de Doutorado em Educação. São Carlos, SP: Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos. Recuperado em 6 julho, 2021, de: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/2244.

Marques, E. P. de S. (2018). O acesso à educação superior e o fortalecimento da identidade negra. Rio de Janeiro, RJ: Revista Brasileira de Educação, 23, 1-23. Recuperado em 10 julho, 2021, de: https://doi.org/10.1590/S1413-24782018230098.

Piscitelli, A. (2008). Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras. Goiânia, GO: Sociedade e Cultura, 11(2), 263-274. Recuperado em 20 julho, 2020, de: https://doi.org/10.5216/sec.v11i2.5247.

Prado Filho, K. (2017). A genealogia como método histórico de análise de práticas e relações de poder. Florianópolis, SC: Revista de Ciências Humanas, 51(2), 311-327. Recuperado em 29 outubro, 2020, de: https://doi.org/10.5007/2178-4582.2017v51n2p311.

Ribeiro, P. C. C. et al. (2018). Permanência no mercado de trabalho e satisfação com a vida na velhice. Ciências & Saúde Coletiva, 23(8), 2683-2692. Recuperado em 11 julho, 2021, de: https://doi.org/10.1590/1413-81232018238.20452016.

Ribeiro, R. M., & Jesus, R. S. (2016). A inserção da mulher no mercado de trabalho no Brasil. Viçosa, MG: Revista de Ciências Humanas, 16(1), 42-56. Recuperado em 11 julho, 2021, de: https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/1366.

Walter, M. I. M. T. (2010). A dualidade na inserção política, social e familiar do idoso: estudo comparado dos casos de Brasil, Espanha e Estados Unidos. Campinas, SP: Opinião Pública, 16(1), 186-219. Recuperado em 19 julho, 2020, de: https://doi.org/10.1590/S0104-62762010000100008.

Downloads

Publicado

2022-07-18

Como Citar

Meza, E. R. ., & Rosa, M. V. da . (2022). Uma leitura interseccional sobre o perfil sociológico de pessoas idosas que frequentaram disciplinas isoladas de graduação presencial em uma universidade federal. Revista Kairós-Gerontologia, 24(4). https://doi.org/10.23925/2176-901X.2021v24i4p9-29

Edição

Seção

Artigos