Brincar na velhice - um ócio lúdico e valioso
DOI :
https://doi.org/10.23925/2176-901X.2020v23i2p273-296Mots-clés :
Palavras-chave, Ócio valioso, Lúdico, Jogos digitais e não digitais, Brincar na velhice.Résumé
Brincar aos 60 anos, ter um ócio, e jogar usando a tecnologia? Quem passa dos 60 anos e utiliza os jogos digitais e não digitais certamente superou, e ainda supera, muitos preconceitos, e abre-se para inúmeras realidades, possibilidades e aprendizagens lúdicas. Objetiva este estudo compreender os significados e a importância do lúdico na, e para a, velhice, especialmente o ócio lúdico. Para tanto, os principais temas abordados e respectivas referências são: envelhecimento (Beauvoir, 1970/1990); ócio e seus diversos tipos, e em especial o ócio valioso (Cabeza), como complemento para o envelhecimento ativo, o que pode torná-lo satisfatório; os jogos (Gallo, 2007); o sentido do lúdico para os idosos provendo subsídios para a compreensão do lúdico e de seus benefícios, sob o ponto de vista dos idosos (Matos, 2006). Numa observação-participante pela própria autora, a pesquisa tem como referência as atividades com jogos digitais e não digitais, de 2015 a 2019, totalizando 1104 horas, duas horas semanais, a 65 idosos, atendidos em três centros-dia para idosos em São Paulo (SP), nos bairros Bom Retiro, Saúde e Guaianases. Atividades com os jogos nos centros-dia, que se afirmam como oportunidades de descoberta de um ócio lúdico e muito valioso às pessoas idosas.