Thereza Santos, guerreira comunista que se fez Malunga

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/ls.v26i49.62515

Palavras-chave:

Thereza Santos; comunismo; libertação em África; teatro popular; mulheres negras

Resumo

Como muitas intelectuais e militantes negras brasileiras, Thereza Santos ainda é pouco conhecida no país. A despeito do muito que realizou na arte, na academia, no partido, na vida ou nos processos revolucionários, ela e tantas outras permanecem ausentes das publicações historiográficas, das salas de aulas e até dos atuais espaços de militância política. Ora, ela enfrentou ditaduras e autoritarismos em nome da liberdade. Guerreira, desde seu engajamento no Partido Comunista até o seu envolvimento com as lutas de libertação em África, passando pelos espaços de cultura popular e pelo movimento de mulheres negras, Thereza Santos foi se tornando a Malunga, isto é, nossa irmã e companheira, que jamais deixou de lutar.

Biografia do Autor

Tauana Olívia Gomes Silva, Université de Rennes 2 e UFSC

Doutora em História pela Université Rennes 2, Rennes, França, em co-tutela com o Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina. 

Referências

BORGES, Rosane. Sueli Carneiro. São Paulo: Selo Negro, 2009.

CARNEIRO, Sueli; SANTOS, Thereza. Mulher Negra: política governamental e a mulher. São Paulo: Nobel, 1985.

GAWRYSZEWSKI, Alberto. Carnaval e festas comunistas no Rio de Janeiro (1945-1958). Textos escolhidos de cultura e arte populares, Rio de Janeiro, v.08, n. 02, p. 239-257, 2011.

GONÇALVES, Renata. Trinta anos do I Encontro Nacional de Mulheres Negras: uma articulação de gênero, raça e classe. Lutas Sociais, São Paulo, v. 22, n. 40, p. 09-22, 2018.

NASCIMENTO, Álvaro Pereira do. Trabalhadores negros e o “paradigma da ausência”: contribuições à História Social do Trabalho no Brasil. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 29, n.59, p. 607-626, 2016.

PIRES, Thula Rafaela de Oliveira. Estruturas Intocadas: Racismo e Ditadura no Rio de Janeiro, Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 9, n.2, p. 1054-1079, 2018.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.

RIOS, Flávia Mateus. A trajetória de Thereza Santos: comunismo, raça e gênero durante o regime militar. PLURAL - Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da USP, São Paulo, v. 21, n. 01, p. 73-96, 2014.

SANTANA, Bianca. Continuo Preta: a vida de Sueli Carneiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.

SANTOS, Thereza. Malunga Thereza Santos. A história de vida de uma guerreira. São Carlos: Editora EdUFSCar, 2008.

SILVA, Joana Maria Ferreira da. Centro de Cultura e Arte Negra-Cecan. São Paulo: Selo Negro, 2012.

SILVA, Tauana Olívia Gomes; WOLFF, Cristina Scheibe. O protagonismo das mulheres negras no Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo (1983-1988). Cadernos Pagu, Campinas, n. 55, p. 1-33, 2019.

TRAPP, Rafael Petry. O elefante negro – Eduardo de Oliveira e Oliveira: raça e pensamento social no Brasil. São Paulo: Alameda, 2020.

_____. A sociologia negra de Eduardo de Oliveira e Oliveira. Revista da ABPN, v. 10, n. 25, p. 194-221, março-junho de 2018.

Downloads

Publicado

2022-12-31

Como Citar

Gomes Silva, T. O. (2022). Thereza Santos, guerreira comunista que se fez Malunga . Lutas Sociais, 26(49), 242–259. https://doi.org/10.23925/ls.v26i49.62515