Precarious but organized: the resistance strategy of uberized workers

Authors

  • Pedro Mendonça Castelo Branco Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais, Trabalho, Migrações e Políticas Sociais, Santo André, SP, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1156-4664
  • Sidney Jard da Silva Universidade Federal do ABC, Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas. Santo André, SP/Brasil. https://orcid.org/0000-0003-3444-1763

DOI:

https://doi.org/10.1590/2236-9996.2024-5906

Keywords:

uberização, globalização, sindicalismo, trabalho, plataformas

Abstract

Uberization of work is one more step in the process of unconfiguring the social pacts formed in the Fordist period. The strategy of building “partners” makes it possible to externalize fixed capital costs to a multitude of precarious workers and exempt companies from responsibility for guaranteeing labor rights and occupational safety. This process is driven by large transnational companies that operate beyond national limitations and accumulate on a global scale, in this new territory of labor exploitation. In this article, we present initiatives for the organization of uberized workers based on international and national experiences, in light of the concept of social movement unionism.

References

ABÍLIO, L. C. (2011). O make up do trabalho: uma empresa e um milhão de revendedoras de cosmésticos. Tese de doutorado. Campinas, Universidade Estadual de Campinas.

______ (2017) “Uberização traz ao debate a relação entre precarização do trabalho e tecnologia”. In: MACHADO, R. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, n. 503, ano XVII, pp. 20-27.

______ (2019). Uberização: do empreendedorismo para o autogerenciamento subordinado. Psicoperspectivas, v. 18, n. 3.

ALIANÇA BIKE (2019). Pesquisa de perfil dos entregadores ciclistas de aplicativo. Disponível em: http://aliancabike.org.br/pesquisa-de-perfil-dos-entregadores-ciclistas-de-aplicativo/. Acesso em: 18 jun 2020.

ALVES, G. (2007). Dimensões da reestruturação produtiva: ensaios de sociologia do trabalho. Londrina, Praxis; Bauru, Canal 6.

ANDERSON, P. (1995). “Balanço do neoliberalismo”. In: SADER, E; GENTILI, P. (orgs.). Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o Estado democrático. Rio de Janeiro, Paz e Terra.

ANTUNES, R. (2018). O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo, Boitempo Editorial.

ANTUNES, R.; FILGUEIRAS, V. (2020). Plataformas digitais, uberização do trabalho e regulação no capitalismo contemporâneo. Contracampo. Niterói, v. 39, n. 1, pp. 27-43.

ARTUR, K.; CARDOSO, A. C. M. (2020). O controle das plataformas digitais: nomear a economia, gerenciar o trabalho e (des)regular os direitos. Tomo, n. 37.

BIHR, A. (1998). “O compromisso fordista”. In: BIHR, A. Da grande noite à alternativa – O movimento operário europeu em crise. Coleção Mundo do Trabalho. São Paulo, Boitempo Editorial.

BRAGA, R. (2017). A rebeldia do precariado. São Paulo, Boitempo.

______ (2020). #BrequeDosApps: enfrentando o uberismo. Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2020/07/25/brequedosapps-enfrentando-o-uberismo/. Acesso em: 15 jan 2022.

BRAGA, R.; MARQUES, J. (2017). Trabalho, globalização e contramovimentos: dinâmicas da ação coletiva do precariado artístico no Brasil e em Portugal. Sociologias. Porto Alegre, ano 19, n. 45, pp. 52-80.

BRASIL (2020). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características adicionais do mercado de trabalho-2019. Rio de Janeiro, IBGE. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101743_informativo.pdf. Acesso em: 19 jan 2021.

______ (2021). Tribunal Superior do Trabalho (4ª Turma). Acórdão do processo nº TSTRR-10555-54.2019.5.03.0179. Recorrente: Neder Henrique Gomes Correa. Recorrido: Uber do Brasil Tecnologia Ltda. Relator: Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho, em 2 mar 2021.

BURAWOY, M. (2000) “Conclusion – grounding globalization”. In: BURAWOY, M.; BLUM, J. A.; GEORGE, S.; GILLE, Z.; GOWAN, T.; HANEY, L.; KLAWITER, M.; LOPEZ, S. H.; Ó RIAIN, S.; THAYER, M. Global ethnography. Berkeley, University of California Press, pp. 335-350.

CANT, C. (2020). Riding for deliveroo. Medford, Polity Press.

COSTA, H. A. (2011). “Do enquadramento teórico do sindicalismo às respostas pragmáticas”. In: COSTA, H. A.; ESTANQUE, E. O sindicalismo português e a nova questão social. Coimbra, Edições Almedina.

DARDOT, P.; LAVAL, C. (2016). “A fábrica do sujeito neoliberal”. In: DARDOT, P.; LAVAL, C. A nova razão de mundo. São Paulo, Boitempo.

DEDECCA, C. S.; ROSANDISKI, E. N. (2006). Recuperação econômica e a geração de empregos formais. Parcerias Estratégicas, v. 11, n. 22.

DOLCE, J. (2019). A uberização do trabalho é pior para elas. Disponível em: https://apublica.org/2019/05/a-uberizacao-do-trabalho-e-pior-pra-elas/. Acesso em: 12 jul 2019.

ENGLERT, S.; WOODCOCK, J.; CANT, C. (2020) Operaísmo digital: tecnologia, plataformas e circulação das lutas dos trabalhadores. Revista Fronteiras – estudos midiáticos, v. 22, n. 1, pp. 47-58.

EVANS, P. (2014). National Labor movements and transnational connections: global labor’s evolving architecture under neoliberalism. IRLE Working Paper, n. 116.

FILGUEIRAS, V. A. et al. (2020). Levantamento sobre o trabalho dos entregadores por aplicativos no Brasil. Salvador, Núcleo de Estudos Conjunturais.

FRANCO, D. S.; FERRAZ, D. L. S. (2019). Uberização do trabalho e acumulação capitalista. Cadernos EBAPE. BR, v. 17, pp. 844-856.

GEREFFI, G. et al. (2005). The governance of global value chains. Review of International Political Economy, v. 12, n. 1.

GRAHAM, M.; ANWAR, M. (2019). The glogal gig economy: towards a planetary labour market? First Monday, v. 24, n. 4.

GROHMANN, R. (2020). “Plataformização do trabalho: características e alternativas”. In: ANTUNES, R. Uberização, trabalho digital e indústria 4.0. São Paulo, Boitempo.

GROHMANN, R. et al. (2022). Plataformas e trabalho (in)decente no Brasil. Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2022/03/17/plataformas-e-trabalho-indecente-no-brasil/. Acesso em: 5 abr 2022.

HARVEY, D. (2008). O neoliberalismo – história e implicações. São Paulo, Loyola.

______ (2013). Crise na economia espacial do capitalismo: a dialética do imperialismo. In: HARVEY, D. Os limites do capital. São Paulo, Boitempo.

HENNEBERT, M. (2017). Os acordos-marco internacionais e as alianças sindicais internacionais: instrumentos de uma necessária transnacionalização da militância sindical. Sociologias, v. 19, n. 45, pp. 116-143.

INMETRO (2020). ISO 26.000. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/iso26000.asp. Acesso em: 25 ago 2023.

KALIL, R. B. (2020). Organização coletiva dos trabalhadores no capitalismo de plataforma. Contracampo. Niterói, v. 39, n. 2.

LUXEMBURGO, R. (1989). A acumulação de capital. São Paulo, Nova Cultural.

MARX, K. (2013). “O salário por peça”. In: MARX, K. O Capital, Livro 1. São Paulo, Boitempo.

MARX, K; ENGELS, F. (2005). Manifesto comunista. São Paulo, Boitempo.

MELLO, S. L.; FRAMIL, F. R.; FRESTON, R. (2015). Redes sindicais em empresas transnacionais: enfrentando a globalização do ponto de vista dos trabalhadores. Análise, n. 5. Friedrich Ebert Stiftung Brasil.

MOODY, K. (1997). Towards an international social-movement unionism. New Left Review. Londres, v. 0, ed. 225.

MORAES, R. B. S; OLIVEIRA, M. A. G.; ACCORSI, A. (2019). Uberização do trabalho: a percepção dos motoristas de transporte particular por aplicativo. Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, v. 6, n. 3, pp. 647-681.

OITAVEN, J. C. C. (2018). Empresas de transporte, plataformas digitais e a relação de emprego: um estudo do trabalho subordinado sob aplicativos. Brasília, Ministério Público do Trabalho, 248 p.

OLIVEIRA, F. (2003). Crítica à razão dualista/ O ornitorrinco. São Paulo, Boitempo.

POCHMANN, M. (2001). As possibilidades da “nova economia” e seus efeitos no trabalho no Brasil. In: POCHMANN, M. A década dos mitos. São Paulo, Contexto.

______ (2017). A nova classe do setor de serviços e a uberização da força de trabalho. Disponível em: <https://jornalggn.com.br/artigos/a-nova-classedo-setor-de-servicos-e-a-uberizacao-da-forca-detrabalho-por-marcio-pochmann/>. Acesso em: 18 ago 2019.

RECOARO, D. A. (2020). Sindicalismo de movimento social e a organização das mulheres. BIB – Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, 93, pp. 1-24.

ROBINSON, W. I. (2013). Una teoría sobre el capitalismo global: producción, classe y Estado en un mundo transnacional. México, Siglo XXI Editores.

______ (2014). Global capitalism and the crisis of humanity. Nova York, Cambridge University Press.

RODRIGUES, P. (2020). Galo de luta. Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/lider-dos-entregadores-antifascistas-paulo-galo-lima-quer-comida-e-melhores-condicoes-detrabalho-para-o-grupo/. Acesso em: 23 ago 2020.

SCHOLZ, T. (2017). Cooperativismo de plataforma. São Paulo, Fundação Rosa Luxemburgo.

SLEE, T. (2017). Uberização: a nova onda do trabalho precário. São Paulo, Elefante.

SRNICEK, N. (2017). Platform capitalism. Cambridge, Polity Press.

UBER (2019). Fatos e dados sobre a UBER. Disponível em: https://www.uber.com/pt-BR/newsroom/fatos-e-dados-sobre-uber/. Acesso em: 12 jul 2019.

WATERMAN, P. (1993). Social-movement unionism: a new union model for a new world order? Journal Review (Fernand Braudel Center), v. 16, n. 3, pp. 245-278.

ZARAFIAN, P. (2002). Engajamento subjetivo, disciplina e controle. Novos Estudos Cebrap, v. 64. São Paulo.

Published

2023-12-11

How to Cite

Branco, P. M. C., & Silva, S. J. da. (2023). Precarious but organized: the resistance strategy of uberized workers. Cadernos Metrópole, 26(59), 123–142. https://doi.org/10.1590/2236-9996.2024-5906