“Mirrored reflections”: moral communities among “military police officers”, “militias”,and “pi-licias” in Rio de Janeiro

Authors

Keywords:

policing, illegalisms, state, moralities, schemes

Abstract

The present paper sheds light on a little-known social actor in Rio de Janeiro's criminal landscape. “Pi-licias” are civilians who impersonate policemen in everyday life, working illegally for legitimate police officers in different ways. They are found in private security markets, as “informants” in parallel police investigations, or even as “auxiliary forces” in police and/or paramilitary raids against drug trafficking gangs. Based on ethnographic fieldwork with candidates for the military police career, the study aims to demonstrate how the “moral communities” founded among military police officers, militias, and “pi-licias” pave the way for illegal “schemes” that emerge from private security markets in Rio de Janeiro.

DOI:

https://doi.org/10.1590/2236-9996.2024-6164781-pt

https://doi.org/10.1590/2236-9996.2024-6164781-en

Author Biography

Eduardo de Oliveira Rodrigues, Colégio Pedro II

Colégio Pedro II. Rio de Janeiro, RJ/Brasil.

References

ALBERNAZ, E. R. (2020). Economias-políticas marginais: produtividade policial, vizinhanças radicais e a (re)produção cotidiana das desigualdades em uma favela de Niterói-RJ. Antropolítica - Revista Contemporânea de Antropologia Niterói, n. 50, pp. 107-127.

ALVES, J. C. de S. (2023). "Termo narcomilícia apaga papel da segurança pública na estrutura miliciana", afirma sociólogo. Disponível em: https://www.brasildefatorj.com.br/2023/11/06/termo-narcomilicia-apaga-papel-da-seguranca-publica-na-estrutura-miliciana-afirma-sociologo Acesso em: 29 nov 2023.

BAILEY, F. G. (1971). "Gifts and Poison". In: BAILEY, F. G. (org.). Gifts and Poison: the politics of reputation Oxford, Basil Blackwell.

BRAMA, L. (2019). As diversas milícias do Rio de Janeiro: entre expansões práticas e semânticas. Dissertação de mestrado. Niterói, Universidade Federal Fluminense.

BRITO, D. C. de; SOUZA, J. L. C. de; LIMA, R. M. (2011). Policiais e o "bico": a formação de redes de trabalho paralelo de segurança. Revista Brasileira de Segurança Pública São Paulo, v. 5, n. 1, pp. 156-171.

CANO, I.; IOOTY, C. (2008). "Seis por meia dúzia? Um estudo exploratório do fenômeno das chamadas 'milícias' no Rio de Janeiro". In: JUSTIÇA GLOBAL (org.). Segurança, tráfico e milícias no Rio de Janeiro Rio de Janeiro, Fundação Heinrich Böll.

CARVALHO, M.; ROCHA, L.; MOTTA, J. (2023). Milícias, facções e precariedade: um estudo comparativo sobre as condições de vida nos territórios periféricos do Rio de Janeiro frente ao controle de grupos armados. Rio de Janeiro, Fundação Heirich Böll.

CASTRO, C. (2004). O espírito militar: um antropólogo na caserna. Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

CECCHETO, F. (2004). Violência e estilos de masculinidade Rio de Janeiro, Editora FGV.

CONNELL, R. (1995). Masculinities: the social organization of masculinity. In: CONNEL, R. Masculinities. Oakland, University of California Press.

CONNELL, R.; MESSERSCHMIDT, J. W. (2013). Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Estudos Feministas Florianópolis, v. 21, n. 1, pp. 241-282.

CORTES, V. (2015). Espaço urbano e segurança pública: entre o público, o privado e o particular. Dissertação de mestrado. Niterói, Universidade Federal Fluminense.

COSTA, G. V. L. da; OLIVEIRA, G. F. (2014). Esquemas de fronteira em Corumbá (MS): Negócios além do legal e do ilegal. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, pp. 207-232.

CRUZ, F. N.; COSTA, P. A. (2021). É tudo ganso? A (in) distinção entre usuários e traficantes de drogas e seus limites na perspectiva dos policiais militares do Rio de Janeiro. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social Rio de Janeiro, v. 14, pp. 243-261.

DOUGLAS, M. (1976). Pureza e perigo Lisboa, Edições 70.

DUARTE, T. L. (2021). Facções criminais e milícias: aproximações e distanciamentos propostos pela literatura. BIB - Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais. São Paulo, v. 90, pp. 1-16.

EILBAUM, L. (2012). “O bairro fala”: conflitos, moralidades e justiça no conurbano bonaerense. São Paulo, Hucitec.

FELTRÁN, G. (2021). A política como violência. Terceiro Milênio: Revista Crítica de Sociologia e Política. Campos dos Goytacazes, v. 17, n. 2, pp. 228-257.

FERREIRA, I. do C. (2021). Entre mercadorias políticas e autos de resistência: memórias etnográficas de um oficial do extinto 1º BPM da PMERJ. Dissertação de mestrado. Niterói, Universidade Federal Fluminense.

FIGUEIREDO, A. C. (2024). "Tráfico, milícia, operações policiais e o 'pulo do cria': dinâmicas em torno da tomada de território". In: PIRES, L.; ALBERNAZ, E.; RODRIGUES, E. (orgs.) Margens em disputa: ilegalismos, territórios armados e práticas militarizadas Rio de Janeiro, Autografia.

FBSP - Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2022). A segurança privada não controlada. Disponível: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/07/18-anuario-2022-a-seguranca-privada-nao-controlada.pdf Acesso em: 12 mar 2023.

GEERTZ, C. (1997). "Centros, reis e carisma: reflexões sobre o simbolismo do poder". In: GEERTZ, C. O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa Petrópolis, Vozes.

GOULART, F.; FLORENTINO, G. (orgs.) (2023). Segurança privada, milícias e racismo institucional. Rio de Janeiro, Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial. Disponível em: https://dmjracial.com/wp-content/uploads/2023/04/Seguranca-Privada-1.pdf Acesso em: 5 nov 2023.

HORNBERGER, J. (2004). "My police - your police": the informal privatisation of the police in the inner city of Johannesburg. African Studies. Joanesburgo, v. 63, n. 2, pp. 213-230.

HIRATA, D. V.; CARDOSO, A.; GRILLO, C.; SANTOS JR., O.; LYRA, D.; DIRK, R.; RIBEIRO, R.; PETTI, D.; SAMPAIO, J. (2021). A expansão das milícias no Rio de Janeiro: uso da força estatal, mercado imobiliário e grupos armados. Rio de Janeiro, Heinrich Böll Stifung. Disponível em: https://br.boell.org/sites/default/files/2021-04/boll_expansao_milicias_RJ_FINAL.pdf Acesso: 22 jan 2022.

KATZ, J. (1988). "Seductions and Repulsions of Crime". In: KATZ, J. Seductions of crime: moral and sensual attractions in doing evil Nova York, Basic Books.

LEITE, M. (2012). Da "metáfora da guerra" ao projeto de "pacificação": favelas e políticas de segurança pública no Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Segurança Pública São Paulo, v. 6, n. 2, pp. 374-388.

LOADER, I. (2000). Plural policing and democratic governance. Social & Legal Studies Londres, v. 9, n. 3, pp. 323-345.

LYNG, S. (2005). "Edgework and the risk-taking experience". In: LYING, S. (org.). Edgework: the sociology of risk-taking Nova York, Routledge.

MACHADO DA SILVA, L. A. (2010). "Violência urbana", segurança pública e favelas: o caso do Rio de Janeiro atual. Caderno CRH Salvador, v. 23, n. 59, pp. 283-300.

MANSO, B. P. (2020). A república das milícias: dos esquadrões da morte à era Bolsonaro. São Paulo, Todavia.

MASSEY, D. (1991). A Global Sense of Place. Marxism Today Londres, v.1, pp. 24-29.

MCCRACKEN, G. (2007). Cultura e consumo: uma explicação teórica da estrutura e do movimento do significado cultural dos bens de consumo. Revista de Administração de Empresas Rio de Janeiro, v. 47, n. 1, pp. 99-115.

MISSE, M. (2011). Crime organizado e crime comum no Rio de Janeiro: diferenças e afinidades. Revista de Sociologia e Política Rio de Janeiro, v. 19, pp. 13-25.

MIZRAHI, M. (2018). "O Rio de Janeiro é uma terra de homens vaidosos": mulheres, masculinidade e dinheiro junto ao funk carioca. Cadernos Pagu Campinas, v. 52, pp.185-215.

MONTEIRO, R. de A. (2003). “Torcer, lutar, ao inimigo massacrar”: Raça Rubro-Negra: uma etnografia sobre futebol, masculinidade e violência. Rio de Janeiro, FGV.

PARK, R. E. (1976). "A cidade: sugestões para a investigação do comportamento humano no meio urbano". In: VELHO, O. G. (org.). O fenômeno urbano Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

PIRES, L.; ALBERNAZ, E.; RODRIGUES, E. (2024). "Introdução: o que há de novo na política das polícias brasileiras?" In: PIRES, L.; ALBERNAZ, E.; RODRIGUES, E. (orgs.). Margens em disputa: ilegalismos, territórios armados e práticas militarizadas Rio de Janeiro, Autografia.

PRATA, A. (2019). Enquanto o mar quebrava na praia, os jagunços faziam o trabalho sujo. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2019/11/minhaarmaminhasregras.shtml Acesso em: 14 nov 2022.

RAMOS, L. dos S. (2017). Entre a "judaria interna", a "pista salgada" e o "medo de se entregar": Uma etnografia das representações de medo entre policiais militares do Estado do Rio de Janeiro. Monografia de bacharelado. Niterói, Universidade Federal Fluminense.

REINER, R. (2004). A política da polícia São Paulo, Edusp.

RODRIGUES, R.; RIBEIRO, E.; CANO, I. (2019). A Segurança Privada no Rio de Janeiro e no Brasil: tamanho e evolução. Rio de Janeiro, Heinrich Böll Stifung. Disponível em: https://br.boell.org/sites/default/files/2020-02/boll_tamanho_evolucao_v4-10.02.pdf Acesso em: 25 nov 2023.

RODRIGUES, E. de O. (2022). Sociedade dos esquemas: uma etnografia sobre candidatos à carreira policial militar no subúrbio carioca. Tese de doutorado. Niterói, Universidade Federal Fluminense.

RODRIGUES, E. de O. (2023). Police places: ethnographic notes about other police territorialities in the suburbs of Rio de Janeiro. Vibrant: Virtual Brazilian Anthropology. Florianopolis, v. 20.

RODRIGUES, E. de O. (2024). Fake officers/real police: what are pi-lícias doing in the streets of Rio de Janeiro? The Cambridge Journal of Anthropology. Cambridge (no prelo).

ROQUE, A. T. (2024). "'Não sou bandido, sou músico': uma etnografia sobre as relações entre o funk e a expansão miliciana no interior da Zona Oeste do Rio de Janeiro". In: PIRES, L., ALBERNAZ, E., RODRIGUES, E. (orgs.) Margens em disputa: ilegalismos, territórios armados e práticas militarizadas Rio de Janeiro, Autografia.

SILVA, G. B. da (2019). "Quantos ainda vão morrer eu não sei": o regime do arbítrio, curtição, morte e a vida em um lugar chamado de favela. Tese de doutorado. Niterói, Universidade Federal Fluminense.

TOPALLI, V. (2005). "When being good is bad: an expansion of neutralization theory". Criminology Ohio, v. 43, n. 3, pp. 797-836.

TURNER, V. (2015). "Do liminar ao liminoide, no brincar, no fluxo e no ritual". In: TURNER, V. Do ritual ao teatro: a seriedade humana de brincar Rio de Janeiro, Editora da UFRJ.

VELHO, G. (1981). "Projeto, emoção e orientação em sociedades complexas". In: VELHO, G. Individualismo e cultura: notas para uma antropologia da sociedade contemporânea Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

WHYTE, W. F. (2005). Sociedade de esquina: a estrutura social de uma área pobre urbana degradada Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

WIRTH, L. (1976). "O urbanismo como modo de vida". In: VELHO, O. G. (org.). O fenômeno urbano Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

ZALUAR, A.; CONCEIÇÃO, I. S. (2007). Favelas sob o controle das milícias no Rio de Janeiro. São Paulo em Perspectiva São Paulo, v. 21, n. 2, pp. 89-101.

Published

2024-10-16

How to Cite

Rodrigues, E. de O. (2024). “Mirrored reflections”: moral communities among “military police officers”, “militias”,and “pi-licias” in Rio de Janeiro. Cadernos Metrópole, 26(61), e6164781. Retrieved from https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/64781