Uma abordagem sob a perspectiva da teoria de modificabilidade cognitiva estrutural e a experiência de aprendizagem mediada por meio do uso da inteligência artificial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2238-8044.2022v11i2p111-122

Palavras-chave:

Aprendizagem mediada, Inteligência artificial, Educação matemática

Resumo

A presença da Inteligência Artificial (IA) se tornou difusa em todos os segmentos da sociedade. O objetivo deste artigo é discutir a utilização da IA para potencializar o processo de aprendizagem dos estudantes, colocando em debate o modelo de sala de aula segundo o qual o aluno precisa se adaptar ao currículo ao invés do trabalho em sala de aula levar em consideração as necessidades do estudante. Entretanto, o uso da IA, feito de forma isolada, não contempla todas as necessidades de uma aprendizagem focada no estudante, pois não considera os fatores emocionais que influenciam a efetividade do processo. Assim sendo, a principal razão deste artigo é levantar a hipótese de que a intersecção entre um modelo utilizando a IA e a mediação do professor - feita sob a premissa de este deve acreditar que os estudantes são capazes de aprender - pode impactar o sucesso na aprendizagem da Matemática.

Biografia do Autor

ALEXANDRE CÉSAR FELÍCIO, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

rabalho com educação desde 1994, quando fundei uma escola de inglês e lá desenvolvi um sistema de ensino próprio com base na teoria das inteligências múltiplas, vivências e técnicas de recuperação de informação, hoje reconhecidamente um valioso instrumento na aquisição de conhecimentos, de acordo com inúmeros estudos na ciência da aprendizagem. Proferi palestras nos temas de ensino-aprendizagem de idiomas e uso da criatividade para o autoconhecimento. Em 2012 fundei a empresa Mentes Notáveis, uma plataforma que reúne sistemas integrados de educação, com foco no Ensino Fundamental. Atualmente a plataforma atinge 70.000 alunos e 3.500 professores, distribuindo conteúdos de Língua Portuguesa, Matemática, Lógica, Lógica de Programação e Xadrez. Esta em pleno desenvolvimento um sistema de recomendações personalizado que fará uso de Inteligência Artificial. Desenvolvi um projeto de ensino de matemática para crianças em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de validar a hipótese de que, com a aplicação de técnicas cientificamente comprovadas, todos podem aprender no nível adequado. 

GABRIEL LOUREIRO DE LIMA, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Possui graduação em Bacharelado em Matemática pela Universidade Estadual de Campinas (2001), graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual de Campinas (2005), mestrado em Matemática pela Universidade Estadual de Campinas (2004) e doutorado em Educação Matemática pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2012). Na mesma instituição é líder do Grupo de Pesquisa A Matemática na Formação Profissional, atuando na linha de investigação A Matemática como Componente Curricular de Cursos de Graduação que volta sua atenção para o ensino de Matemática em cursos superiores cujo foco não é a formação de matemáticos. Participa,também na PUC-SP, do grupo de pesquisa GPEA (Grupo de Pesquisa em Educação Algébrica). Tem como principal área de interesse o ensino e aprendizagem de Matemática no Ensino Superior, com ênfase nos processos de ensino e de aprendizagem do Cálculo Diferencial e Integral e da Análise Matemática. Sua investigação de doutorado, intitulada, A disciplina de Cálculo I do curso de Matemática da Universidade de São Paulo: um estudo de seu desenvolvimento, de 1934 a 1994, defendida em 2012, recebeu menção honrosa na categoria Ensino no Prêmio Capes de Teses 2013. Atualmente é Professor Assistente-Doutor da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia (FCET) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), professor do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática da PUC-SP e Assistente Especializado da Pró-Reitoria de Graduação na mesma Universidade. Desde 2015 é vice coordenador do GT4 - Ensino Superior - da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM) e desde 2017 está na coordenação do Grupo de Trabalho Ciências Básicas e Matemática na Engenharia (GT-CbME) da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (ABENGE).

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Publicado

2022-10-28

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Artigos