Análise da Influência da Cultura Organizacional Sobre o Processo Criativo na Indústria da Moda

Autores

  • Lenice Eli Lunkes Scarpato Scarpato Universidade Feevale
  • Dusan Schreiber Universidade Feevale
  • Vanessa Theis Universidade Feevale http://orcid.org/0000-0002-5100-7574

DOI:

https://doi.org/10.23925/2237-4418.2022v37i1p74-87

Palavras-chave:

Cultura Organizacional; Criatividade; Processo Criativo; Indústria da Moda.

Resumo

Este artigo objetiva identificar os elementos da cultura organizacional que fomentam ou inibem a criatividade dos profissionais de áreas criativas, que atuam em empresas do setor coureiro-calçadista localizadas na região do Vale dos Sinos. Em termos metodológicos, optou-se pela abordagem qualitativa e estratégia de pesquisa de campo, sendo os dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e analisados por meio da análise textual. Como principais resultados, se evidenciou que os principais elementos que fomentam a criatividade são:  autonomia e liberdade para criar; comunicação; colaboração; d) responsabilidade e comprometimento; e) valorização do trabalho criativo; f) oportunidade para desenvolvimento e crescimento profissional. Como inibidores do processo criativo, encontrou-se: desvalorização de ideias; falta de oportunidade de desenvolvimento profissional; comodismo; falta de mão-de-obra qualificada; frustração com o trabalho; pressão pelo pouco tempo de criar; responsabilidade pelo sucesso das vendas; pressão pelos custos de produção; multifuncionalidade do designer de moda.

Biografia do Autor

Lenice Eli Lunkes Scarpato Scarpato, Universidade Feevale

Mestre em Indústria Criativa pela Universidade Feeale. Bacharel em Administração pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2006).

Dusan Schreiber, Universidade Feevale

Doutor em Administração pela UFRGS. Professor e Pesquisador do PPG em Qualidade Ambiental e do Mestrado em Indústria Criativa na Universidade Feevale.

Vanessa Theis, Universidade Feevale

Doutora e Mestre em Qualidade Ambiental e Bacharel em Adminsitração de Empresas pela Unversidade Feevale.

Referências

ABICALÇADOS – Relatório Anual de Atividades, 2019. (2020). Relatório Setorial Indústria de Calçados. Disponível em: < http://abicalcados.com.br/publicacoes/relatorio-anual>. Acesso em 06 nov 2020.

AMABILE, Teresa M. How to kill creativity. Boston, EUA: Harvard Business School Publishing, 2006.

BARBIERI, José Carlos; ÁLVARES, Antonio Carlos Teixeira; CAJAZEIRA, Jorge Emanuel Reis. Geração de ideias para inovações: estudos de casos e novas abordagens. Revista Gestão Industrial, v. 5, n. 3, 2009.

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE COMÉRCIO E DESENVOLVIMENTO [UNCTAD]. Creative Economy outlook: trends in international trade in Creative Industries (2002-2015). Country profiles (2005-2014). [s. l.]: United Nations, 2018.

CONTI, Giovanni Maria. Moda e cultura de projeto industrial: hidridação entre saberes complexos. In: PIRES, Dorotéia Baduy et al. (Orgs.). Design de Moda: olhares diversos. Barueri, SP: Estação das Letras e Cores, 2008. p. 219-230.

DASKALAKI, M. Building ‘Bonds’ and ‘Bridges’: linking tie evolution and network identity in the creative industries. Organization Studies, Berlin, v. 31, n. 12, p. 1649-1666, 2010

DAVILA, Tony; EPSTEIN, Marc J.; SHELTON, Robert. As regras da inovação. Bookman Editora, 2009.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. Atlas: São Paulo, 2002.

HARTMANN, Adriane. Avaliação da cultura intraempreendedora: desenvolvimento e teste de uma metodologia. 2006. 89 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Tecnológica do Paraná, Ponta Grossa, PR, 2006.

HARTLEY, John. Creative Industries. In: HARTLEY, John (Org.). Creative Industries. Malden (Massachusetts): Blackwell, p. 1-40, 2005.

HAYNES, Christine A.; SHELTON, Kaye. Delphi method in a digital age: Practical considerations for online Delphi studies. In: Handbook of Research on Innovative Techniques, Trends, and Analysis for Optimized Research Methods. IGI Global, 2018. p. 132-151.

HOFSTEDE, Geert H. Culture and organizations: software of the mind. Nova Iorque, EUA: McGraw Hill, 2005.

LOCONTE, Lucas. Além dos saberes e fazeres: o impacto social e econômico da indústria criativa. Ciência e Cultura, v. 72, n. 1, p. 58-59, 2020.

MACHADO, Denise Del Prá Netto; VASCONCELLOS, Marcos Augusto de. Organizações inovadoras: existe uma cultura específica que faz parte deste ambiente? REGE Revista de Gestão, São Paulo, v. 14, n. 4, p. 15-31, 2007.

MILLSPAUGH, Jennifer; KENT, Anthony. Co-creation and the development of SME designer fashion enterprises. Journal of Fashion Marketing and Management: An International Journal, v. 20, n. 3, p. 322-338, 2016.

MORAES, Roque. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Ciência & Educação, Bauru, SP, v. 9, n. 2, p. 191-211, 2003.

MOURA, Mônica. A moda entre a arte e o design. In: PIRES, Dorotéia Baduy et al. (Orgs.). Design de Moda: olhares diversos. Barueri, SP: Estação das Letras e Cores, 2008. p. 37-73

MOZOTA, Brigitte Borja; KLÖPSCH, Cássia; COSTA, Filipe Campelo Xavier da. Gestão do design: usando o design para construir valor de marca e inovação corporativa. Porto Alegre: Bookman, 2011.

MUMFORD, Michael D. et al. Leading creative people: orchestrating expertise and relationships. The Leadership Quarterly, EUA, v. 13, n. 6, p. 705-750, 2002.

RECH, Sandra Regina. Moda: por um fio de qualidade. Florianópolis: Editora da UDESC, 2006.

SCHEIN, Edgar H. Cultura organizacional e liderança. São Paulo: Atlas, 2009.

TAMAYO, Álvaro. GONDIM, Maria das Graças Catunda. Escala de valores organizacionais. Revista de Administração, São Paulo, v. 31, n. 2, 1996.

TIDD, Joe; BESSANT, Joe. Gestão da inovação. 5 ed. Bookman Editora, 2015.

TREPTOW, Doris. Inventando moda: planejamento de coleção. São Paulo: [s. n.], 2013.

VAN DEN BERG, Peter T.; WILDEROM, Celeste PM. Defining, measuring, and comparing organisational cultures. Applied Psychology, [s. l.], v. 53, n. 4, p. 570-582, 2004.

Downloads

Publicado

2023-04-07