AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL PARA ESTUDANTES BENEFICIADOS E NÃO BENEFICIADOS
DOI:
https://doi.org/10.23925/2175-3520.2020i51p97-106Palavras-chave:
Assistência Estudantil, Ensino Superior, Políticas EducacionaisResumo
A Política Nacional de Assistência Estudantil- PNAES constitui-se em uma das políticas educacionais que têm contribuído para o desenvolvimento de diversas ações no cenário educacional brasileiro, visando à ampliação da permanência do aluno na Educação Superior. Nesta perspectiva, o presente estudo objetivou compreender as representações sociais da Assistência Estudantil para estudantes beneficiados e não beneficiados, em uma Instituição de Ensino Superior (IES) pública. A coleta de dados foi feita com 100 participantes, utilizando-se a Técnica de Associação Livre de Palavras – TALP, com a apresentação de uma palavra-estímulo, no caso, Assistência Estudantil, e em seguida o questionário sociodemográfico. A análise dos dados obtidos pela TALP foi feita a partir da rede semântica e as informações contidas nos questionários foram analisadas por meio do software SPSSWIN, versão 21, obtendo-se a caracterização do perfil sociodemográfico da amostra. Os resultados apontaram que os estudantes beneficiados e não beneficiados têm a representação social da Assistência Estudantil como uma ajuda e estando associada à renda, respectivamente. Essas compreensões apontam para o desconhecimento por parte de alguns alunos sobre um conjunto de ações que devem ser desenvolvidas por esta política pública para viabilizar a igualdade de oportunidades, de forma a contribuir para melhorar o desempenho acadêmico, atuando de maneira preventiva sobre as situações de retenção e evasão escolar pelos estudantes que apresentam vulnerabilidade socioeconômica. Portanto, deve-se pensar como as políticas educacionais estão afetando o ambiente universitário e qual o entendimento que se tem sobre estas, para que haja, de fato, sua efetivação, neste contexto.Referências
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