Teacher medication and illness

Authors

  • Jerto Cardoso da Silva Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Luiza Tamara de Almeida Leal Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Cleimar Luis dos Santos Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Stefanie Schmidt Universidade de Santa Cruz do Sul

DOI:

https://doi.org/10.23925/2175-3520.2025i58p14-25

Keywords:

Medication, Medicalization, Illness, Teaching, Basic education

Abstract

This study aims to problematize the testimonies of teachers regarding their mental health, their forms of self-care, and illness in the face of physical and psychological suffering in the workplace. It seeks to give visibility to the meanings constructed by these professionals in their ways of treating this suffering. It is observed that medicalization has been used by some teachers as “support” for the exercise of their activity, as well as for the treatment of symptoms resulting from work-related illness. For this research, we applied a mixed online questionnaire, due to the context of the COVID-19 pandemic, with 140 elementary and high school teachers from the central region of Rio Grande do Sul, Brazil. As results, it was found that the majority of professionals are middle-aged women, with dual work shifts, with postgraduate degrees, working in public schools. It is noteworthy that 35% of them use medication continuously and 32% have used medication in recent years, with the most prevalent symptoms being chronic pain, anxiety, and depression. We can point out that medicalization constitutes a worrying situation, as the reports reveal a growing process of teacher illness and frequent use of medication as support for the precarization of work.

References

Antunes, R., & Praun, L. (2015). A sociedade dos adoecimentos no trabalho. Serviço Social & Sociedade, (123), 407-427. doi: http://dx.doi.org/10.1590/0101-6628.030

Barbosa, A. M., Viegas, M. A. S., & Batista, R. L. N. F. F. (2020). Aulas presenciais em tempos de pandemia: relatos de experiências de professores do nível superior sobre as aulas remotas. Revista Augustus, 25 (51), 255-280. doi: https://doi.org/10.15202/1981896.2020v25n51p255

Bardin, L. Análise de conteúdo. Tradução: Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro. São Paulo: Edição 70, 2016. (Trabalho originalmente publicado em 1977)

Borba, B. M. R., Diehl, L., dos Santos, A. S., Monteiro, J. K., & Marin, A. H. (2017). Síndrome de Burnout em professores: estudo comparativo entre o ensino público e privado. Psicologia Argumento, 33 (80), 270-281. doi: https://doi.org/10.7213/psicol.argum.33.080.AO04

Brasil. (2006). Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS. Ministério da Saúde, Departamento de Atenção Básica, Brasília.

Brito, J. M., & de Barros, M. E. B. (2014). Prática de pesquisa e saúde docente: a narratividade como estratégia metodológica. Revista Psicologia e Saúde, 6 (2), 38-46. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-093X2014000200006&lng=pt&tlng=pt.

Calazans, R., & Lustoza, R. Z. (2008). A medicalização do psíquico: os conceitos de vida e saúde. Arquivos brasileiros de psicologia, 60 (1), 124-131.

Christofari, A. C., Freitas, C. R. d., & Baptista, C. R. (2015). Medicalização dos Modos de Ser e de Aprender. Educação & Realidade, 40, 1079-1102. doi: https://doi.org/10.1590/2175-623642057

Conselho Federal de Psicologia. (2012). Subsídios para a campanha Não à medicalização da vida – Medicalização da Educação. Brasília. Recuperado de: https://site.cfp.org.br/publicacao/subsidios-para-a-campanha-naoa-medicalizacao-da-vida-medicalizacao-da-educacao/

da Silva Cardoso, J., Nunes, C. P., & Moura, J. S. (2019). Adoecimento docente: uma breve análise da saúde de professores do município de Medeiros Neto/BA. Revista Teias, 20 (57), 125-140. doi: https://doi.org/10.12957/teias.2019.39552

de Oliveira, E. C., Harayama, R. M., & de Sousa Viégas, L. (2016). Drogas e medicalização na escola: reflexões sobre um debate necessário. Revista Teias, 17 (45), 99-118. doi: https://doi.org/10.12957/teias.2016.24598

Dejours, C. (1999). A banalização da injustiça social. Rio de Janeiro: FGV Editora.

Delcor, N. S., Araújo, T. M., Reis, E. J., Porto, L. A., Carvalho, F. M., Silva, M. O., . . . Andrade, J. M. d. (2004). Condições de trabalho e saúde dos professores da rede particular de ensino de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 20, 187-196. doi: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2004000100035

Facci, M. G. D., Urt, S. d. C., & Barros, A. T. F. (2018). Professor readaptado: a precarização do trabalho docente e o adoecimento. Psicologia Escolar e Educacional, 22, 281-290. doi: https://doi.org/10.1590/2175-539201802175546

Galindo, D. C. G., Lemos, F. C. S., Vilela, R., & Garcia, B. (2016). Medicalização e governo da vida e subjetividades: o mercado da saúde. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 16 (2), 346-365. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812016000200003&lng=es&tlng=pt.

Gasparini, S. M., Barreto, S. M., & Assunção, A. Á. (2005). O professor, as condições de trabalho e os efeitos sobre sua saúde. Educação e pesquisa, 31, 189-199. doi: https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000200003

Gaudenzi, P., & Ortega, F. (2012). O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, 16, 21-34. doi: https://doi.org/10.1590/S1414-32832012005000020

Han, B.C. (2017). Agonia do eros. Tradução de Enio Paulo Giachini. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes.

Illich, I. (1975). A expropriação da saúde: Nêmesis da medicina. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Kimura, A. M. (2005). Psicofármacos e Psicoterapia: a visão de psicólogos sobre medicação no tratamento. Trabalho de Conclusão de Curso (Formação em Psicologia). Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade São Judas Tadeu, São Paulo.

Lefèvre, F. (1987). A oferta e a procura de saúde através do medicamento: proposta de um campo de pesquisa. Revista de Saúde Pública, 21, 64-67. doi: https://doi.org/10.1590/S0034-89101987000100010

Mariani, B. (1998). O PCB e a imprensa: os comunistas no imaginário dos jornais (1922-1989). Centro de Memoria Unicamp.

Metzl, J. M., & Herzig, R. M. (2007). Medicalisation in the 21st century: introduction. Lancet (London, England), 369(9562), 697-698. doi: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(07)60317-1

Pereira, H. P., Santos, F. V., & Manenti, M. A. (2020). Saúde mental de docentes em tempos de pandemia: os impactos das atividades remotas. Boletim de Conjuntura (BOCA), 3 (9), 26-32. doi: http://dx.doi.org/10.5281/zenodo.3986851

Pisetta, M. A. M. (2020). Medicalização e discurso universitário: por uma Política de Cuidado e Escuta do Sujeito na Educação. Movimento-revista de educação, 7 (15). doi: https://doi.org/10.22409/mov.v7i15.47558

Rocha, V. M. d., & Fernandes, M. H. (2008). Qualidade de vida de professores do ensino fundamental: uma perspectiva para a promoção da saúde do trabalhador. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 57, 23-27. doi: https://doi.org/10.1590/S0047-20852008000100005

Rodrigues, J. T. (2003). A medicação como única resposta: uma miragem do contemporâneo. Psicologia em estudo, 8, 13-22. doi: https://doi.org/10.1590/S1413-73722003000100003

Rodrigues, M. A. P., Facchini, L. A., & Lima, M. S. de. (2006). Modificações nos padrões de consumo de psicofármacos em localidade do Sul do Brasil. Revista De Saúde Pública, 40 (1), 107–114. doi: https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000100017

Roudinesco, E. (2000). Por que a psicanálise? Rio de Janeiro: Editora Schwarcz-Companhia das Letras.

Santos, G. M. R. F. d., Silva, M. E. d., & Belmonte, B. d. R. (2021). Covid-19: emergency remote teaching and university professors’ mental health. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 21, 237-243. doi: https://doi.org/10.1590/1806-9304202100S100013

Segat, E., & Diefenthaeler, H. (2013). Uso de medicamentos antidepressivos por professores de escolas de diferentes redes de ensino em um município do norte do Rio Grande do Sul. Perspectiva, 37 (137), 45-54.

Silva, L. M., & Canavêz, F. (2017). O Estudo da Medicalização da Vida e suas Implicações para a Clínica Contemporânea. Revista Subjetividades, 17 (3), 117-129. doi: https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v17i3.5813

Souza, D. d. O. (2020). As dimensões da precarização do trabalho em face da pandemia de Covid-19. Trabalho, Educação e Saúde, 19. doi: https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00311

Tesser, C. D., & Dallegrave, D. (2020). Práticas integrativas e complementares e medicalização social: indefinições, riscos e potências na atenção primária à saúde. Cadernos de Saúde Pública, 36 (9), e00231519. doi: https://doi.org/10.1590/0102-311X00231519

Vieira, J. S. (2010). Constituição das doenças da docência (docenças). Relatório de pesquisa, 37, 303-324. doi: https://doi.org/10.15210/caduc.v0i37.1589

Viégas, L. d. S., Ribeiro, M. I. S., Oliveira, E. C., & Teles, L. A. (2014). Medicalização da educação e da sociedade: ciência ou mito. Salvador: Edufba, 227-247.

Published

2025-06-05

How to Cite

Silva, J. C. da, Leal, L. T. de A., Santos, C. L. dos, & Schmidt, S. (2025). Teacher medication and illness. Psicologia Da Educação, (58), 14–25. https://doi.org/10.23925/2175-3520.2025i58p14-25

Issue

Section

Artigos