Psicanálise e educação:
crianças e educadores brincando com palavras
DOI :
https://doi.org/10.23925/2175-3520.2022i55p21-29Mots-clés :
Psicanálise, Educação, Brincar, Infância, Comunidade de aprendizagemRésumé
Este artigo tem como objetivo compreender as experiências do brincar a partir de um grupo de crianças e seus educadores, em uma Comunidade de Aprendizagem, situada no Distrito Federal (DF). Como fundamentação teórica e metodológica, recorre-se, principalmente, aos estudos psicanalíticos de Freud e de Winnicott. A pesquisa de campo consistiu em dois dias de observação participante; quatro oficinas de rabiscos com uma turma de crianças - com idades entre oito e 12 anos - e sua educadora; e uma roda de conversa com educadores. A ênfase é dada, neste texto, nas vivências da segunda oficina e em trechos da roda de conversa, explorando a capacidade de criar e de brincar com as palavras. Com isso, foi possível ressaltar a importância de um brincar criativo e espontâneo nas relações humanas. A conclusão é que este brincar não se restringe à infância, por se tratar de uma experiência própria ao humano, sendo necessário que os espaços escolares e comunitários estejam abertos à sua manifestação e ampliação.
Références
Aitken, S. (2017). Geografias de berço e as contratopografias da infância. In: A. Abramowicz & G. Tebet (Orgs.) Infância e pós-estruturalismo (pp.81-110). São Paulo: Porto de Ideias.
Alves, C. B. (2017). Divisão sexual do trabalho e inconsciente político: histórias de mulheres em formação profissional (Tese de Doutorado). Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, Instituto de Psicologia, UnB, Brasília, DF.
Barros, M. de (2003). Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta.
Bogomoletz, D. (2018). Educação: uma questão de saúde pública - Contribuição de Winnicott para a educação. Eranthus: Edição do Kindle.
França, R. M. P. & Passos, M. C. (2019). Ensaio sobre o método clínico na psicanálise com crianças. Revista Latino-americana de Psicopatologia Fundamental, 22(4). 749-767. 10.1590/1415-4714.2019v22n4p749.6
Freud, S. (1996). O método psicanalítico de Freud (pp.233-240). In: J. Salomão (Ed.). Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição standard brasileira (vol.7). Rio de Janeiro: Imago. Trabalho original publicado em 1904.
Freud, S. (1996). Escritores criativos e devaneios (pp.131-143). In: J. Salomão (Ed.). Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição standard brasileira (vol.9). Rio de Janeiro: Imago. Trabalho original publicado em 1907.
Freud, S. (1996). Além do princípio do prazer (pp.12-75). In: J. Salomão (Ed.). Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição standard brasileira (vol.18). Rio de Janeiro: Imago. Trabalho original publicado em 1920.
Ogden, T. H. (2015). A matriz da mente: relações objetais e o diálogo psicanalítico. Londres, UK: Karnac Books.
Oliveira, M. A.; Donelli, T. M. S.; Charczuk, S. B. (2020). Cuidar e educar: o sujeito em constituição e o papel do educador. Revista Psicologia Escolar e Educacional, 24, 1-10. 10.1590/2175-35392020213679
Pacheco, J. (2019). Inovar é assumir um compromisso ético com a educação. Petrópolis, RJ: Vozes.
Pereira, M. A. P. (2013). Casa Redonda: uma experiência em educação. São Paulo: Editora Livre.
Pulino, L. H. C. Z. (2017). A criança, a propensão a aprender e a infância do humano: uma reflexão. Infancia, Educación y Aprendizaje, 3 (1), 90-121. Recuperado de: revistas.uv.cl/index.php/IEYA/article/download/674/646
Sousa, T. R. (2019). Psicanálise, educação e infância: experiência de educação criativa e brincante em uma Comunidade de Aprendizagem. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, UnB, Brasília, DF.
Winnicott, D. W. (1970). Vivendo de modo criativo. In: D. W. Winnicott. Tudo começa em casa (pp.23-39). São Paulo: Martins Fontes.
Winnicott, D. W. (1975). O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago Editora.
Winnicott, D. W. (1984). Consultas terapêuticas em psiquiatria infantil. Rio de Janeiro: Imago Editora.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Psicologia da Educação 2023
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Os autores concedem à revista todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.
