A ética da contingência e a implicação da psicanálise no laço social
Resumo
Este artigo relaciona a lógica da ética da psicanálise, a partir da noção de contingência, com sua implicação no laço social. Levantamos questões relativas às possibilidades de uma orientação lacaniana da prática do psicanalista nos espaços sociais, tendo em vista a sustentação de uma experiência ética, para além de uma simples aplicação técnica de um saber esclarecido. A noção de implicação evocada no lugar da noção de aplicação indica a vertente lógica que o discurso da psicanálise formaliza para demarcar a possibilidade de provocar efeitos nos outros discursos com os quais se relaciona. Justamente por ser impossível obter garantias antecipadas a respeito da prática, a orientação do analista a partir de uma lógica da contingência torna-se uma condição fundamental para que uma ética que leve em conta a singularidade do desejo seja sustentada nos espaços coletivos. Abrem-se assim possibilidades pontuais de subversão da lógica de dominação inerente ao laço social.
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