Compra um Mercedes Benz prá mim?
Palavras-chave:
discurso capitalista, forma mercadoria, mais-de-gozar, mais-valia, psicanáliseResumo
“Mercedes Benz”, hit de Janis Joplin do início dos 70, traz a ironia da contracultura dos sixties ao consumismo e a competição da sociedade capitalista. Exatamente aquilo que o comercial “Impossible is nothing”, da Adidas, pode bem representar. Existe alguma articulação possível entre este slogan e as palavras de ordem “Sejamos realistas, exijamos o impossível”, das convulsões sociais do maio de 68? Partindo da teoria lacaniana dos discursos, este artigo aborda a impossibilidade e a barreira de gozo (impotência) no discurso capitalista e as suas implicações para o habitante da aletosfera. Retomam-se as formulações marxianas da forma mercadoria, do equivalente-geral e da forma dinheiro, para se analisar as transformações introduzidas a partir do momento histórico em que o mais-de-gozar se contabiliza. Considera-se a proposição da mais-valia como equivalente do mais-de-gozar, para se lançar alguma luz sobre a lógica e os fundamentos de gozo do cinismo contemporâneo, seja na versão do “Lobo de Wall Street”, dos doxósofos da universidade, ou ainda do passivo e resignado cidadão da sociedade capitalista. Lembra-se, porém, que a utopia permanece no horizonte.Metrics
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Publicado
2015-08-10
Como Citar
Pacheco Filho, R. A. (2015). Compra um Mercedes Benz prá mim?. Psicologia Revista, 24(1), 15–44. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/psicorevista/article/view/24227
Edição
Seção
Artigos Teóricos
Licença
Copyright (c) 2015 Raul Albino Pacheco Filho
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