Revelação diagnóstica em demência: dos desafios da decisão à busca de benefícios.

Autores

  • Fernanda Gouveia-Paulino Docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP
  • Gabriela Machado Giberti
  • Mariella Passarelli
  • Mary Helen Lessi-Santos
  • Natália Nogueira Degaki-Ferreira

Palavras-chave:

Demência, Família, Revelação

Resumo

INTRODUÇÃO: A literatura aponta vantagens e desvantagens da revelação do diagnóstico de demência aos pacientes. Prejuízos envolvem riscos de impactos emocionais negativos e dificuldade de compreensão devido aos prejuízos cognitivos. Benefícios apontam maior colaboração nos tratamentos, melhor adaptação ao cotidiano com favorecimento de manejo de sintomas. OBJETIVO: Promover reflexão sobre revelação diagnóstica em demência buscando compreender os desafios de enfrentamento e benefícios da revelação. MÉTODO: Quali-quanti - 104 familiares cuidadores responderam questionário fechado e 5 participaram de entrevista para compreensão sobre vantagens da revelação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Há uma tendência a não reflexão ou planejamento sobre revelação. Visão protecionista, passividade, medo dos profissionais e familiares de causarem reações emocionais negativas no paciente favorecem decisão por omissão. O impacto emocional inicial do paciente perante o diagnóstico se alterou ao longo do tempo. O sofrimento pode favorecer elaboração e se a revelação diagnóstica for considerada como um processo contínuo, seus benefícios, como auxílio no manejo dos sintomas e maior adesão ao tratamento, podem ser alcançados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Campanhas que divulguem benefícios de tratamento e que reduzam visão derrotista da doença, bem como profissionais que abordem tema podem contribuir para que decisões familiares sejam mais planejadas e benefícios da revelação sejam atingidos.

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Biografia do Autor

Fernanda Gouveia-Paulino, Docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP

Doutora em Psicologia Clínica, Docente na Graduação do Curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e do Programa de Estudos Pós Graduados em Gerontologia, Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde – PUC-SP

Gabriela Machado Giberti

Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Especialista em Gerontologia pelo Instituto Israelita Albert Einstein, Mestranda em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano.

Mariella Passarelli

Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Mestranda em Educação nas Profissões da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Docente na Universidade Paulista – Instituto de Ciências Humanas Sorocaba – SP.

Mary Helen Lessi-Santos

Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Especialista em Psicologia Hospitalar (FMUSP) e em Cuidados Paliativos (Instituto Pallium Latinoamerica).

Natália Nogueira Degaki-Ferreira

Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Especialista em Psicologia Hospitalar (InCor – FMUSP) e em Neuropsicologia (INESP).

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Publicado

2016-12-09

Como Citar

Gouveia-Paulino, F., Giberti, G. M., Passarelli, M., Lessi-Santos, M. H., & Degaki-Ferreira, N. N. (2016). Revelação diagnóstica em demência: dos desafios da decisão à busca de benefícios. Psicologia Revista, 25(2), 289–315. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/psicorevista/article/view/28907

Edição

Seção

Artigos Teóricos