Na fronteira da psicanálise: a dimensão intersubjetiva do cuidado ao bebê no contexto de internações prolongadas e condições crônicas de saúde
DOI:
https://doi.org/10.23925/2594-3871.2017v26i2p.281-302Palavras-chave:
Subjetividade, cuidado em saúde, pediatria, adoecimento crônicoResumo
O presente estudo teve como objetivo compreender a dimensão intersubjetiva do cuidado ao paciente pediátrico no contexto de internações prolongadas e adoecimento crônico. Trata-se de um estudo clínico-qualitativo realizado em uma unidade pediátrica de cuidados semi-intensivos de um hospital público materno-infantil no Rio de Janeiro. As técnicas de pesquisa adotadas foram observação participante e entrevistas tendo sido realizadas entre junho e outubro de 2015. Os pacientes observados tinham entre quatro meses e dois anos de idade com pelo menos quatros meses de tempo de internação. Foram entrevistados 15 profissionais de saúde, sendo oito médicos, quatro enfermeiros e três técnicos de enfermagem. A análise das entrevistas foi realizada a partir das contribuições da abordagem clínica psicossociológica e da psicanálise. Para expressar a complexidade que envolve a prática em questão, optamos por relatar algumas cenas da rotina observadas no decorrer da pesquisa. Concluiu-se que o cuidado em questão, implica não só um conhecimento técnico, mas também uma disponibilidade emocional para atender às demandas emocionais dos bebês e suas famílias. Por fim, embora haja um esforço humano e tecnológico em reparar as condições de adoecimento e sofrimento dos bebês, o contexto em si, possui um potencial traumático para os bebês e seus cuidadores.
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