Riscos Psicossociais e Estresse de Cuidadores de Idosos Institucionalizados

Autores

  • Patrícia Fernandes Holanda Carraro Universidade Federal do Pará
  • Celina Maria Colino Magalhães Universidade Federal do Pará
  • Paula Danielle Palheta Carvalho Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.23925/2594-3871.2019v28i1p79-101

Palavras-chave:

idoso, cuidador, ILPI, estresse, riscos psicossociais

Resumo

O processo de envelhecimento populacional direcionou atenção para pesquisas e novos serviços. Assim, essa pesquisa objetivou avaliar os riscos psicossociais e estresse de cuidadores de 33 cuidadores formais de idosos que atuam em Instituições de Longa Permanência para Idoso. O perfil dos cuidadores foi idade média de 42,4, com o Ensino Fundamental (42,4%), mulheres (45,5%), que trabalham entre 1 a 5 anos (63,6%). Os instrumentos e materiais utilizados foram: o Protocolo de Avaliação dos Riscos Psicossociais do Trabalho, Inventário de Estresse Percebido e taxas de cortisol salivar. Os principais resultados indicam que os cuidadores se perceberam pouco estressados (média = 20 ±7,8). Os níveis de cortisol também foram abaixo do valor de referência (média = 9,2 ± 3,6); a organização do trabalho apresentou risco alto para os mesmos (média = 3,0 ± 1,3). Constatou-se que existe uma relação estatisticamente significativa entre os níveis de cortisol e o risco alto da organização prescrita do trabalho
(r = -0,439; p = 0,036), assim como entre o estresse percebido e o sentimento de desqualificação nos cuidadores (r = 0,485; p = 0,004). Cuidadores homens com nível superior demonstraram-se mais insatisfeitos com o trabalho realizado. Conclui-se que fatores intrínsecos (sexo, idade e escolaridade) somados ao ambiente de trabalho são determinantes para os riscos psicossociais e estresse dos cuidadores formais.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Patrícia Fernandes Holanda Carraro, Universidade Federal do Pará

Mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento pela Universidade Federal do Pará (2017), Pós Graduada em Acupuntura pelo Instituto de Ensino, Formação e Aperfeiçoamento em Pós Graduação,(2015) Graduada em Fisioterapia pela Universidade do Estado do Pará (2012), pesquisa e estuda o desenvolvimento saudável do idoso e seus cuidadores. Atua como fisioterapeuta/acupunturista ambulatorial ou home care em iniciativa privada. Supervisora de estágio e professora em curso de pós graduação em acupuntura

Celina Maria Colino Magalhães, Universidade Federal do Pará

Celina Maria Colino Magalhães concluiu o doutorado em Psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo em 1995. Atualmente é Professora Titular da Universidade Federal do Pará . Diretora do Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento (2017-2021). Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, no período de mar. de 2011 a fev. 2015 e Coordenadora do Grupo de Trabalho Brinquedo, aprendizagem e saúde na ANPEPP no período de junho 2016 a julho 2018. Ministra disciplinas na Faculdade de Psicologia e no Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento. Publicou 65 artigos em periódicos especializados e 105 trabalhos em anais de eventos. Possui 20 capítulos de livros e 6 livros publicados. Possui 59 itens de produção técnica. Participou de 26 eventos no Brasil. Orientou 30 dissertações e 8 teses, além de ter orientado 30 trabalhos de iniciação científica e 40 trabalhos de conclusão de curso de graduação na área de Psicologia. Recebeu uma homenagem por orientação de trabalho premiado. Atualmente coordena 2 projetos de pesquisa. Atua na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia do Desenvolvimento Humano. Em suas atividades profissionais interagiu com 141 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Brinquedoteca, Brincadeiras, Desenvolvimento infantil, Crianças pré-escolares, Creche, Interação, Crianças, Brincadeira de Rua, Diferença de gênero e Educadoras, crianças e idosos em instituições, relação mãe-bebê em situação de cárcere. Orcid 0000-0002-1279-179X

Paula Danielle Palheta Carvalho, Universidade Federal do Pará

Psicóloga Clínica na Universidade Federal do Pará, Mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento. Atuou no Laboratório de Neurociências e Comportamento (LabNeC) e no Laboratório de Processos Comportamentais Complexos: Contingências Aversivas e Ontogênese da Criatividade no Núceo de Teoria e Pesquisa do Comportamento - UFPA, trabalhando com modelos animais de ansiedade e agressão e análise do efeito de contingências aversivas e drogas em tais modelos. Atualmente é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento (UFPA), vinculada ao Laboratório de Ecologia do Desenvolvimento, e é pesquisadora na área de Envelhecimento Humano, trabalhando especificamente com Qualidade de Vida e Desempenho Cognitivo em Idosos com e sem Doença de Alzheimer.

Downloads

Publicado

2019-08-12

Como Citar

Carraro, P. F. H., Magalhães, C. M. C., & Carvalho, P. D. P. (2019). Riscos Psicossociais e Estresse de Cuidadores de Idosos Institucionalizados. Psicologia Revista, 28(1), 79–101. https://doi.org/10.23925/2594-3871.2019v28i1p79-101

Edição

Seção

Artigos Teóricos