Repercussões do encaminhamento/atendimento psicológico na vida de jovens estudantes
DOI:
https://doi.org/10.23925/2594-3871.2020v29i1p37-60Palavras-chave:
Queixa escolar, Atendimento psicológico, Psicologia escolarResumo
O texto tem por objetivo apresentar e discutir resultados de pesquisa que investigou as repercussões dos encaminhamentos/atendimentos psicológicos decorrentes de queixas escolares a que foram submetidos jovens residentes em Porto Velho-RO. Fundamentada em referenciais da psicologia escolar crítica, a pesquisa utilizou um roteiro de entrevista para ouvir quatro jovens com idades entre 22 e 29 anos e suas mães, transcorridos mais de 10 anos dos encaminhamentos. A análise buscou compreender a história de cada sujeito e, em seguida, os aspectos comuns a todas elas. Os resultados evidenciam o sofrimento gerado pela condição de não aprender na escola e indicam que os atendimentos recebidos foram no viés clínico, sem considerar os processos de escolarização que deram origem às queixas; demonstram, ainda, que os encaminhamentos para profissionais da saúde produziram efeitos subjetivos que não resultaram em melhorias no processo de escolarização. Ao contrário, reforçaram e contribuíram para que os sujeitos criassem visões de si mesmos piores do que aquelas que geraram os encaminhamentos. Conclui-se que compreensões mais amplas sobre os processos de não aprender na escola, incluindo a produção da escola na sociedade capitalista são imprescindíveis para a atuação crítica da psicologia nas questões escolares.
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