Uma criança analisada se torna um adulto analisado? O final de análise da criança
DOI:
https://doi.org/10.23925/2594-3871.2020v29i1p109-133Palavras-chave:
Psicanálise da criança, término da análise, constituição do sujeitoResumo
O artigo versa sobre a clínica psicanalítica com crianças e tem como ponto central a questão sobre o que seria o final de análise delas. Parte-se da concepção lacaniana de sujeito em relação às crianças para, em seguida, desdobrar discussões em relação às condições de análise delas. São tomados os seguintes eixos para discussão: i) A condição de sujeito da criança; ii) Demanda de análise; iii) Transferência, função do brincar e repetição; iv) O tempo na análise com crianças, e v) A finalidade da análise. Questionar sobre o final de análise com uma criança é condição fundamental para se pensar tanto a direção do tratamento quanto a finalidade de recebê-la em análise. Ao abordar a problemática a partir da relação “final” e “finalidade”, o artigo destaca que a aposta no fim de análise da criança não é marcada simplesmente pela resolução do sintoma ou das questões que a trouxeram para atendimento, mas numa mudança de posição subjetiva, cujo curso deve ser a constituição da sua própria versão do falo. A análise deve construir um espaço de escuta onde o realmente criativo, verdadeiro e próprio da criança se pode desenvolver.
Metrics
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Iagor Brum Leitão
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.