O impacto das grandes corporações do mercado de tecnologia na ordem política mundial: uma análise sobre a ascensão do embate entre as big techs e os estados
DOI :
https://doi.org/10.23925/2178-0080.2025v27i2.66836Mots-clés :
política mundial, big techs, regulamentação tecnológicaRésumé
Este artigo tem por objetivo analisar os novos cenários econômicos mundiais, a partir do surgimento de big techs, e como a influência dessas companhias interfere na tomada de decisão dos países. A justificativa advém da crescente interdependência entre a tecnologia, as dinâmicas geopolíticas e a preservação dos fundamentos dos Estados. É crucial destacar a existência de distintas tipologias de poder, notadamente “soft power” e “hard power”. Foi realizada uma pesquisa documental de natureza exploratória e indutiva. Na análise dos dados, utilizou-se o software Iramuteq. Os resultados destacam a complexidade do debate em curso e a falta de dados empíricos sólidos que dificultam a determinação precisa da posição dos Estados e suas futuras dificuldades em lidar com as big techs.
Références
Ahumada, B. P., & Polanco, Q. A. B. (2022, July). The Fashion System as Soft Power in a Geopolitical Framework. A Critical Investigation of the Kenya and Liberia Athlete’s Delegation Garments Dressed at Olympic Games Tokyo 2021. In International Fashion and Design Congress (pp. 192-203). Cham: Springer International Publishing.
Bobbio, N., & Nogueira, M. A. (1986). O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo (pp. 83-106). Rio de Janeiro: Paz e terra.
Birch, K., & Bronson, K. (2022). Big tech. Science as Culture, 31(1), 1-14.
Bragazzi, N. L., Dai, H., Damiani, G., Behzadifar, M., Martini, M., & Wu, J. (2020). How big data and artificial intelligence can help better manage the COVID-19 pandemic. International journal of environmental research and public health, 17(9), 3176.
Brasil. (2014). Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014. Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm. Acesso em: 30 jun. 2023.
Bronson, K., & Sengers, P. (2022). Big tech meets big ag: Diversifying epistemologies of data and power. Science as Culture, 31(1), 15-28.
Caldas, C. O. L., & Caldas, P. N. L. (2019). Estado, democracia e tecnologia: conflitos políticos e vulnerabilidade no contexto do big-data, das fake news e das shitstorms. Perspectivas em Ciência da Informação, 24, 196-220.
Cordeiro, A. B. M. (2023). Direito da Proteção de Dados-À luz do RGPD e da Lei no 58/2019.
Haugen, F. (2022). Facebook Papers: ‘Meta não protege eleições no Brasil’. Uol, 2022. Recuperado de: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2022/07/06/frances-haugen-do-facebook-papers-meta-nao-protege-eleicoes-no-brasil.htm
Hermes, F. (2022). Europa avança na regulação contra Big Techs. Disponível em: https://blocktrends.com.br/europa-avanca-na-regulacao-contra-big-techs/
Islam, M. N. (2022). Theoretical Framework and Non-Western Soft Power Strategy. In Power of Bonding and Non-Western Soft Power Strategy in Iran: Comparing China and India's Engagement (pp. 27-67). Cham: Springer International Publishing.
Jacobides, M. G. (2020). Regulating Big Tech in Europe: why, so what, and how understanding their business models and ecosystems can make a difference, Evolution, 26(1), 3-42. Available at SSRN 3765324.
Junior, I. F. B., Gallinaro, F., & Sampaio, V. G. R. (2018). Marco civil da internet e direito à privacidade na sociedade da informação. Revista Direito, Estado e Sociedade, (52), 114-133.
Khanna, P. (2016). Connectography: Mapping the future of global civilization. New York, Random House, American First Edition (April 19), 496p.
Klinge, T. J., Hendrikse, R., Fernandez, R., & Adriaans, I. (2023). Augmenting digital monopolies: A corporate financialization perspective on the rise of Big Tech. Competition & Change, 27(2), 332-353.
Lasmar, J. M. (2016). O Direito Internacional e o Transnacionalismo. Revista Brasileira de Direito Internacional, 2(2), 61-77.
Loubère, l., & Ratinaud, P. (2014). Documentation Iramuteq - 0.6 alpha 3 version 0.1. Disponível em: http://www.iramuteq.org/documentation/fichiers/documentation_19_02_2014.pdf.
Martinelli, C. B. (2016). O jogo tridimensional: o hard power, o soft power e a interdependência complexa, segundo Joseph Nye. Conjuntura Global, 5(1), 65-80.
Miles, M. B., & Huberman, A. M. (1994). Qualitative data analysis: An expanded sourcebook. Thousand Oaks, CA: Sage Publications.
Morozov, E. (2018). Big Tech: A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo, SP: Ubu.
Nye, J. S. (2004). Soft Power: The Means to Success in World Politics. New York, NY: PublicAffairs.
Nye, J. S. (2009) Cooperação e Conflito nas Relações Internacionais. São Paulo, SP: Editora Gente.
Nye, J. S. (2021). Soft power: the evolution of a concept. Journal of Political Power, 14(1), 196-208.
Nye, J. S. (2023). Soft power. In Soft Power and Great-Power Competition: Shifting Sands in the Balance of Power Between the United States and China (pp. 3-15). Singapore: Springer Nature Singapore.
Nóbrega, R. A. A., da & Gabriel, Y. F. P. (2023). Capitalismo de Plataforma, “Big Techs” e Precarização de Direitos Sociais. Confluências| Revista Interdisciplinar de Sociologia e Direito, 25(1), 43-67.
Oliveira, S. G., Almeida, V. E., & Trotta, L. M. (2020). As tecnologias e o mundo globalizado: reflexões sobre o cotidiano contemporâneo. Revista Educação Pública, 20(2), 1-6.
Ouriveis, M. (2013). Soft Power e indústria cultural: a política externa norte-americana presente no cotidiano do indivíduo. Revista Acadêmica de Relações Internacionais, 2(4), 168-196.
Petit, N. (2020). Big Tech and the Digital Economy: The Moligopoly Scenario. Oxford University Press.
Proni, M. W. (2006). Duas teses sobre o trabalho no capitalismo. Ciência e Cultura, 58(4), 23-25.
Oliveira, S. G., Almeida, V. E., & Trotta, L. M. (2020). As tecnologias e o mundo globalizado: reflexões sobre o cotidiano contemporâneo. Revista Educação Pública, 20(2), 1-6.
Reinert, M. (1990). Alceste une méthodologie d'analyse des données textuelles et une application: Aurelia De Gerard De Nerval. Bulletin of Sociological Methodology/Bulletin de méthodologie sociologique, 26(1), 24-54.
Shahriar, S. (2022). Hendrik W. Ohnesorge, Soft Power: The Forces of Attraction in International Relations, Cham: Springer, xxi+ 307 pp., ISBN 978-3-030-29921-7.
Soares, R. R. (2020). Lei geral de proteção de dados–LGPD: direito à privacidade no mundo globalizado.
Souza, M. A. R. D., Wall, M. L., Thuler, A. C. D. M. C., Lowen, I. M. V., & Peres, A. M. (2018). O uso do software IRAMUTEQ na análise de dados em pesquisas qualitativas. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 52, e03353.
Stoltz, P., & Stoltz, P. (2020). Globalization, intersectional inequalities and narrative struggles. Gender, Resistance and Transnational Memories of Violent Conflicts, 23-48.
Wichowski, A. (2020). The information trade: how big tech conquers countries, challenges our rights, and transforms our world. Estados Unidos: HarperCollins.
Zuboff, S. (2019). The Age of Surveillance Capitalism: the fight for a human future at the new frontier of power. Nova York, Public Affairs.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Bárbara Dias Francisco, Luis Hernan Contreras Pinochet, Vanessa Itacaramby Pardim 2025
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
