O livro de Jó e o desafio da verdadeira religião
DOI:
https://doi.org/10.23925/2177-952X.2016v10i18p220-232Palabras clave:
Jó, Justiça, Religião, Retribuição, SofrimentoResumen
O problema capital do livro de Jó corresponde à questão de como conjugar os males de um inocente com a justiça de Deus. Para a doutrina corrente das retribuições terrestres, tal caso seria paradoxal. Se cada um deve ser tratado segundo suas obras, como um justo pode sofrer? Há uma ligação entre o sofrimento e o pecado pessoal. Contra essa rigorosa correlação, Jó se levanta com toda a força de sua inocência. Luta desesperadamente para reencontrar Deus que se esquiva e em cuja bondade ele continua crendo. Deus intervém apenas para revelar a transcendência de seu ser e de seus desígnios e reduzir Jó ao silêncio. Esta é a mensagem religiosa do livro de Jó: o homem deve persistir na fé até mesmo quando seu espírito não encontra sossego. O livro de Jó nos questiona: existe religião gratuita, ou ela é sempre um comércio interesseiro? De rico e próspero, Jó se torna pobre e sem futuro. Apesar disso, Jó continua fiel e reconhece que Deus tem o direito absoluto de dispor de tudo o que lhe havia dado. Jó diz: “se aceitamos de Deus os bens, não devemos também aceitar os males?” (Jó 2,10). Jó demonstrou que é capaz de religião gratuita, sem qualquer sombra de recompensa.Descargas
Publicado
2016-12-26
Número
Sección
ARTIGOS