“Se eu não fizer o bem, o mal não faço!”: o sagrado afroindígena vivenciado pelas benzedeiras do quilombo do Cria-ú no Estado do Amapá

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1677-1222.2020vol20i2a9

Palavras-chave:

Sagrado. Afroindigenismo. Encantaria amazônica, Quilombo do Cria-ú, Benzedeiras, Amapá

Resumo

O artigo tem por objetivo investigar como estão configuradas as práticas religiosas de matriz afroindígena no quilombo do Cria-ú, analisando as cosmovisões religiosas e as práticas de cura realizadas por meio das rezas, benzeções e uso de plantas medicinais realizadas pelas atuais benzedeiras da comunidade. Para coleta de dados, foram utilizados os recursos da observação participante, a entrevistas semiestruturadas e a análise descritiva dos dados encontrados em campo. Como resultado deste estudo, temos o (re)conhecimento das benzedeiras como legítimas herdeiras das tradições religiosas afroindígenas da Amazônia, pois, por meio dos seus saberes tradicionais, estas mulheres negras e quilombolas perpetuam as memórias, relações, interações e redes de sociabilidades tecidas entre africanos e indígenas no território amazônico.

Biografia do Autor

Moisés de Jesus Prazeres dos Santos Bezerra, UNIFAP

Mestre em Educação pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). 

Piedade Lino Videira, UNIFAP

Professora adjunta do PPG em educação da UNIFAP. Líder do grupo de estudo, pesquisa, extensão
e intervenção em corporeidade, artes, cultura e relações étnico-raciais com ênfase em educação quilombola.
Coordenadora geral do NEAB (UNIFAP). Doutora em educação brasileira (UFC). 

Elivaldo Serrão Custódio, UNIFAP

Professor do PPG em educação da UNIFAP, e do curso de pedagogia da FAMAT. Vice-líder do Grupo
de Pesquisa Educação, Interculturalidade e Relações Étnico-Raciais (UNIFAP). Doutor em Teologia (EST).

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Publicado

2020-09-28

Edição

Seção

Seção Temática