O Lazer na contemporaneidade urbana: industrialização, metrópole e preconização do lazer

Autores

  • Alexandre Francisco Silva Teixeira PUC/SP

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2767.2018v61p416-432

Palavras-chave:

Cidade, Lazer e Comerciários.

Resumo

Esta pesquisa, em processo, orienta-se por fatos ocorridos sobre a institucionalização do lazer dos trabalhadores do comércio na cidade de São Paulo. Entre manifestações e estratégias relacionadas a categoria em questão encontra-se o Serviço Social do Comércio do Estado de São Paulo – SESC/SP instituição que realiza ações no campo do lazer há mais de 70 anos e compõe genericamente o sistema “S”, que representa um conjunto de empresas patronais da indústria, do comércio, dos transportes e da agricultura. Tais instituições são classificadas como “Serviços Sociais Autônomos”, ou seja, são administradas pelos poderes privados, possuem patrimônio próprio, direção particular, organizam seus serviços como uma empresa privada controlada pelo Tribunal de Contas da União.

Antes de 1969 os debates sobre o lazer das classes trabalhadoras já ocorriam no Brasil, principalmente na cidade de São Paulo e mesmo que de forma gradual e desigual, começam a ganhar expressão nos discursos políticos e econômicos (SANT’ ANNA, 1994). Neste sentido o SESC, que até então, mantinha uma ação de cunho assistencialista, coloca em pauta na “IV Convenção Nacional de Técnicos” novos formatos para ação institucional embasado nas pesquisas acerca da sociologia do lazer, realizadas por Joffre Dumazedier - consultor da instituição para estudos no campo do lazer.

Na década de 1980 o cotidiano das grandes cidades no Brasil está ocupado preponderantemente por uma relação laboriosa na vida de seus habitantes. Nesta mesma década o SESC/SP aumenta o número de Centros Culturais na capital paulistana que vão do centro às periferias. Atualmente, na cidade de São Paulo, os equipamentos da instituição são encontrados em todas as zonas municipais como territórios para a fruição de um lazer cultural, diversificado e voltado às diferentes faixas etárias dos empregados do comércio, serviços e suas famílias.

A investigação pretende levantar transformações e permanências nas práticas do lazer institucional na cidade de São Paulo. 

Biografia do Autor

Alexandre Francisco Silva Teixeira, PUC/SP

Educador infanto-juvenil na Programação Sócioeducativa do Sesc/SP desde 2006. É bacharel em Artes Cênicas, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR), especialista em História, Cultura e Sociedade com mestrado em História Social. Atualmente é doutorando de História Social na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP. Área de concentração História, Cultura e Cidade linha de pesquisa Lazer, Contemporaneidade Urbana e Centros Culturais. Interesses de pesquisa em questões contemporâneas relacionadas a História do Lazer no Brasil e na América Latina, Educação, Trabalho e Cidade. Autor de artigos sobre Lazer e Educação não formal em revistas eletrônicas nas áreas de História, Educação Física e Lazer. Apresentou trabalhos em eventos acadêmicos nacionais e internacionais na América do Sul e na África. Compõem a Comissão Científica do Congresso Mundial de lazer – 2018 que se realizará na cidade de São Paulo/Brasil. É integrante no Núcleo de Estudos de História Social da Cidade – NEHSC PUC/SP, onde realiza estudos e debates acerca da História do Lazer. 

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Publicado

2018-04-11

Como Citar

Teixeira, A. F. S. (2018). O Lazer na contemporaneidade urbana: industrialização, metrópole e preconização do lazer. Projeto História : Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados De História, 61. https://doi.org/10.23925/2176-2767.2018v61p416-432