Tragic narratives, violent stories
Dimensions of orality in the literature of César Prieto Martinez’s travel to the border of Brazil, Paraguay and Argentina in the 1920’s
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2767.2024v80p28-58Keywords:
history of the books, César Prieto Martinez, memoryAbstract
The essay discusses how César Prieto Martinez, author of one book of travel literature from the 1920s, treated the orality present at the Brazilian border with Argentina and Paraguay. Specifically, the text analyses narratives told under tragedy or violence plot. Based on them, explores dimensions of the violence existing in the labor relationships and in the everyday life in the border. In a special way, intents to understand the place of the orality in the complaint of the region’s violence, as well as the meanings of the transition from the oral format to the written.
References
ARENDT, H. Sobre a violência. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1994.
ARRUDA, G. Os frutos da terra: os trabalhadores da Matte Laranjeira. Londrina-PR, Ed. UEL, 1997.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
BALLÃO, J. A Fóz do Iguassú e as Cataratas do Iguassú e do Paraná (Descripção de viagem) 1920. Curityba: Typ. d’A República, 1921.
BARBOSA, I. C. Sertão: um lugar incomum. O sertão do Ceará na literatura do século XIX. Rio de Janeiro: Relume Dumará; Fortaleza, CE: Secretaria de Cultura e Desporto do Estado, 2000.
BARREIRO, J. C. Imaginário e viajantes no Brasil do século XIX: cultura e cotidiano, tradição e resistência. São Paulo: Ed. Unesp, 2002.
BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BERTONHA, J. F. A Primeira Guerra Mundial: o conflito que mudou o mundo (1914-1918). Maringá: EDUEM, 2011.
BLOCH, M. Reflexões de um historiador sobre as falsas notícias da guerra. In: BLOCH, M. História e historiadores. Lisboa: Editorial Teorema, 1998. p. 177-197.
CABANAS, J. A columna da morte: sob o comando do tenente Cabanas. 4ª ed. Rio de Janeiro: Livraria Editora Almeida & Torres, 1928.
CAPELATO, M. H. R. Estado novo: o que trouxe de novo? In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. de A. N. (orgs.). O Brasil republicano. O tempo do nacional-estatismo: do início da década de 1930 ao apogeu do Estado Novo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. pp. 107-143.
CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis/RJ: Ed. Vozes, 2000.
COLODEL, J. A. Obrages e companhias colonizadoras: Santa Helena na História do Oeste Paranaense até 1960. Santa Helena/PR: Prefeitura Municipal, 1988.
DARNTON, R. O beijo de Lamourette. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
DARNTON, R. O grande massacre de gatos: e outros episódios da história cultural francesa. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
DARÓS, C. O Brasil na Primeira Guerra Mundial: a longa travessia. São Paulo: Contexto, 2016.
DUARTE, G. R. Rumo ao campo: a civilização pela escola. São Paulo, 1910/20/30. Dissertação (Mestrado em História Social) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1995.
ERTZOGUE, M. H.; ZAGALLO, A. D. A.; RAMOS JÚNIOR, D. V. A invenção do sertão: viajantes e barqueiros navegando pelo Araguaia. Revista Territórios & Fronteiras, UFMT, Cuiabá, vol. 11, n° 1, p. 42-59, jan.-jul., 2018,
FERNANDES, F. A voz e o sentido: poesia oral em sincronia. São Paulo: Ed. Unesp, 2007.
FERREIRA, E. M. L. A participação dos índios Kaiowá e Guarani como trabalhadores nos ervais da Companhia Matte Larangeira (1902-1952). 111 f. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados/MS, 2007.
FIGUEIREDO, L. Oéste Paranaense. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1937.
FRANCO, A. M. Recordações de viagem pelo Alto Paraná. s/l: s/ed, 1973.
FREITAG, L. da C. Extremo-Oeste Paranaense: História territorial, região, identidade e (re)ocupação. 208 f. Tese (Doutorado em História) – Faculdade de História, Direito e Serviço Social, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Franca/SP, 2007.
FREITAG, L. da C. Fronteiras perigosas: migração e brasilidade no extremo-oeste paranaense (1937-1954). Cascavel/PR: Edunioeste, 2001,
GOODY, J. O mito, o ritual e o oral. Petrópolis-RJ: Vozes, 2012.
GUILLEN, I. C. M. O imaginário do sertão: lutas e resistências ao domínio da Companhia Mate Larangeira. (Mato Grosso: 1890-1945). 393 f. Dissertação (Mestrado em História) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP, 1991.
LANGARO, J. F. De sertão à região: história, memória e regionalismo na fronteira Brasil-Paraguai-Argentina. In: BALLER, L.; CAMPOS, H. C.; GEBARA, A. (org.). Leituras de fronteiras: trajetórias, histórias e territórios. Jundiaí-SP: Paco Editorial, 2018. p. 139-151. (a).
LANGARO, J. F. Entre viagens e narrativas de desnacionalização: a fronteira brasileira com a Argentina e o Paraguai nas décadas de 1920 a 1940. História Unisinos, Porto Alegre, UNISINOS, vol. 23, n. 3, p. 356-366, setembro/dezembro de 2019.
LANGARO, J. F. Sertão, civilização e progresso: olhares sobre a fronteira Brasil-Paraguai-Argentina (1896-1937). Territórios & Fronteiras, UFMT, Cuiabá, vol. 11, n. 1, p. 152-176, 2018. (b).
LENZ, M. H. Auge e início do declínio da economia argentina. Análise econômica, UFRGS, Porto Alegre, vol. 18, n. 33, p. 121-140, 2000.
MACIEL, L. A. A nação por um fio: caminhos, práticas e imagens da “Comissão Rondon”. São Paulo: Educ, 1998. pp. 166-173.
MAKARAN, G. Paraguay: el nacionalismo y sus mitos. Cuidad del México: UNAM, 2014.
MARTINEZ, C. Sertões do Iguassú. São Paulo: Cia. Graphico-editora Monteiro Lobato, 1925. p. 134-136.
MELIÁ, B. El guaraní conquistado y reducido: ensayos de etnohistoria. Assunção (Paraguai): CEADUC, 1997 (a).
MELIÁ, B. La lengua guaraní del Paraguay. In: POTTIER, B. (org.). America Latina en sus lenguas indígenas. Caracas (Venezuela): Monte Avila Editores, 1983. p. 43-59.
MELIÁ, B. El Paraguay inventado. Assunção (Paraguai): CEPAG, 1997 (b).
MELIÁ, B. Una nación dos culturas. Assunção (Paraguai): CEPAG, 1997 (c).
MYSKIW, A. M. A fronteira como destino de viagem: a Colônia Militar de Foz do Iguaçu (1888/1907). 245 f. Tese (Doutorado em História Social) – Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Centro de Estudos Geras, Universidade Federal Fluminense, Niterói/RJ, 2009.
MYSKIW, A. M. Curitiba, “República das letras” (1870/1920). Revista eletrônica História em reflexão. Dourados/MS, UFGD, vol. 2, n.º 3, pp. 2-26, jan./jun. 2008.
NASCIMENTO, Á. P. do. “Sou escravo de oficiais da Marinha”: a grande revolta da marujada negra por direitos no período pós-abolição (Rio de Janeiro, 1880-1910). Revista Brasileira de História, São Paulo, ANPUH, vol.36, n. 72, pp. 1-22, maio/agosto de 2016.
NUNES, M. de O.; OLVEIRA, R. P. de. Violência Relacionada ao Trabalho: uma proposta conceitual. Saúde e sociedade. São Paulo, USP, vol. 17, n. 4, pp. 22-34, 2008.
OLIVEIRA, J. E.; ESSELIN, P. M. Uma etno-história da erva-mate e dos povos indígenas de língua guarani na região platina: da Província do Guairá ao antigo sul de Mato Grosso. In: FINOKIET, B. A. (Org.). Fronteiras e Interculturalidade. Tubarão-SC: UFFS/Copiart, 2019. p. 213-260.
ONG, W. Oralidade e cultura escrita: a tecnologização da palavra. São Paulo: Papirus, 1998.
PACHECO, C. La comarca oral: la fíccionalización de la oralidad cultural en la narrativa latinoamericana contemporánea. Caracas: La casa de Bello, 1992.
PAREDES, R A. España. La escritura de viajes y la memoria histórica: el caso del diario de viaje a Yucatán de José Fernando Ramírez, 1865. Projeto História, São Paulo, PUC-SP, v. 62, pp. 273-304, 2018.
PESAVENTO, S. J. A revolução federalista. São Paulo: Brasiliense, 1983.
PIRES, L. C. Os inimigos da nação: A Liga Brasileira pelos Aliados e os discursos sobre os o “Perigo Alemão” durante a Grande Guerra (1915-1919). Oficina do Historiador, Porto Alegre, EDIPUCRS, v. 8, n. 1, p. 61-80, jan./jun. 2015.
RESENDE, M. E. L. O processo político na primeira república e o liberalismo oligárquico. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. de A. N. (orgs.). O Brasil republicano. O tempo do liberalismo excludente: da proclamação da República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. p. 89-120.
ROCHA NETTO, B. M. As lições dos relatos de viagem. In: FRANCO, A. M. Recordações de viagem pelo Alto Paraná. s/l: s/ed, 1973. p. 3-8.
SAATKAMP, V. Desafios, lutas e conquistas: história de Marechal Cândido Rondon. Cascavel: Assoeste, 1984.
SILVA, D. M. de O. Memória, lembrança e esquecimento: Trabalhadores nordestinos no Pontal do Triângulo Mineiro nas décadas de 1950 e 60. São Paulo. Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 150 p. 1997. p. 34 e 47.
SILVA, J. R. S. da. A revista O Ensino e manifestações tayloristas nas propostas da reforma educacional de César Prieto Martinez (Paraná, 1920-1924). 152 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2019.
THOMPSON, E. P. Costumes em comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
VARUSSA, R. J. Trabalhadores e memórias: disputas, conquistas e perdas na cidade. In: FENELON, D. R. et al (orgs.). Muitas memórias, outras histórias. São Paulo: Olho d’Água, 2004. pp. 216-217.
WACHOWICZ, R. C. Obrageros, mensus e colonos: História do oeste paranaense. Curitiba: Ed. Vicentina, 1982.
WILLIAMS, R. Tragédia moderna. São Paulo: Cosac &Naify, 2002.
ZUMTHOR, P. Introdução à poesia oral. São Paulo: Hucitec, 1997.
ZUMTHOR, P. A letra e a voz: a “literatura” medieval. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Projeto História : Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
