A desigualdade entre as classes populares no acesso ao leito hospitalar na cidade de São Paulo da Primeira República
uma abordagem a partir dos socorros de urgência da Assistência Policial
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2767.2025v84p58-86Palabras clave:
São Paulo, Primeira República, Assistência à saúde, Classes popularesResumen
Este artigo tem como objetivo analisar as assimetrias nas condições de obtenção de assistência hospitalar entre as classes populares na cidade de São Paulo nas primeiras décadas do século XX. Para tanto, será abordado um caso específico: o perfil dos pacientes socorridos e encaminhados pelo Posto Médico da Assistência Policial – serviço público de urgência da capital paulista – aos Hospitais Samaritano, de Caridade do Braz e Umberto I. Com base predominantemente nas fichas de atendimento do Posto, em relatórios oficiais e em jornais, pretende-se evidenciar que tais assimetrias eram oriundas das possibilidades desiguais de pertencimento a redes de proteção social, bem como da política de uma parcela dos hospitais filantrópicos, caracterizada pela preferência concedida ao público pagante.
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