Cultura Organizacional e Estratégia Competitiva: uma pesquisa no Segmento Bancário

Autores

  • Ivan Luis Agnelli Torretta Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil
  • Neusa M. Bastos F. dos Santos Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil
  • Fernando Fukunaga Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil
  • Danilo Nunes Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.23925/2179-3565.2021v12i2p91-100

Palavras-chave:

Cultura, Estratégia, Alinhamento Estratégico, Organização

Resumo

Este artigo investigou a cultura organizacional e o estilo de estratégia competitiva que uma instituição financeira utiliza. O resultado desta pesquisa reproduziu a hipótese de relação, proposta no referencial teórico, e ilustrou o tipo cultural percebido como hierárquico, caracterizado pelo enfoque no ambiente interno e pela valorização da estabilidade. Identificou-se a estratégia competitiva defensiva, marcada pelo conservadorismo e por fortes mecanismos de controle. O tipo cultural do grupo foi identificado como desejado. O tipo de grupo baseia-se na valorização dos laços estabelecidos por seus membros. Isso corresponderia à estratégia reativa descrita nos casos de ausência de estratégia, onde a promoção de ações estratégicas só ocorreria diante de ameaças concretas dos concorrentes. O referencial teórico que confirma os tipos culturais é o modelo de Quinn e Rohrbaugh (1983), que permite um estudo cultural comparativo a partir dos principais valores predominantes na empresa. Para analisar a estratégia competitiva, foi utilizado o modelo de Miles e Snow (2003). Esse modelo tipifica a estratégia competitiva em quatro configurações, de acordo com determinados comportamentos corporativos que estão presentes na organização. Para relacionar tipologia cultural e estratégia competitiva medida, foi utilizada a associação proposta por Quinn e McGrath (1985).

 

 

Referências

ALVAREZ, L. Collaborative Innovation Transforming Business, Driving Growth. (M) In: World Economic Forum, August, 2015.

AKTOUF, O. O simbolismo e a cultura de empresa: dos abusos conceituais às lições empíricas.[M] In: Chanlat, J. F. (Org.). O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. São Paulo: Atlas, 1993. v.1.

BARTLETT, C. A.; GHOSHAL, S. Changing the role of top management: beyond strategy to purpose. [J] Harvard Business Review, 1994 v.72, n.6, p.79, nov./dec..

BERTALANFFY, L. V. Teoria Geral dos Sistemas. [B] Petrópolis: Vozes, 1977. 351p. 234.

CAMERON, K. S.; QUINN, R. E. Diagnosing and Changing Organizational Culture: Based on the Competing Values Framework (3rd. Ed.) [B], Jossey-Bass, 2011.

CARMELI, A; Tishler, A. The relationships between intangible organizational elements and organizational performance. [J] Strategic Management Journal, 2004 v.25, n.13, p.1257-1278.

CAMPBELL, A.; ALEXANDER, M. What ́s wrong with strategy. [J] HBR, p.42-51, 1997.

CHANLAT, J. F. O indivíduo na organização – dimensões esquecidas. [B] São Paulo: Atlas, 1992.

DEAL, T. E., Kennedy, A. A.. Corporate cultures. [B] Addison-Wesley. Publishing Company, Inc., 1982.

FLEURY, A. C.; FLEURY, M. T. L. Aprendizagem e inovação organizacional: as experiências de Japão, Coréia e Brasil. 2. ed. [B], São Paulo: Atlas, 1997.

GENELOT, D. Manager dans la complexité - reflexions à l’usage des dirigents. 3. Ed [B]. Paris: Insep Consulting, 2001.

GONÇALVES C. A, MEIRELLES A. de M. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. [B] São Paulo: Atlas, 2004.

HOFSTEDE, G. et al. Measuring organizational cultures: a qualitative and quantitative study across twenty cases. [J] Administrative Science Quarterly, 1990 v.35, p.286-316.

HAMBRICK, D. C. Some tests of the effectiveness and functional attributes of Miles and Snow's strategic types. [J] Academy of Management jornal 1983, Vol 26 No 1.

HOLLANDER et AL. Nonparametric Statistical Methods. 3rd Edition [B] Wiley, 2013.

KAPLAN, R. ALIGNMENT: Using the Balanced Scorecard to Create Corporate Synergie. [B] Boston: Harvard Business School Press, 2006.

KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. The Execution Premium. [B] Boston: Harvard Business School Press, 2008.

MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de estratégia. [B] Bookman, 2000.

MINTZBERG, H; QUINN, J. B. O Processo da Estratégia. 3. Ed [B] P.A.: Ed Bookman, 2001.

MILES, R. E.; SNOW, C. C. Organizational strategy, structure and process. [B] New York: McGraw-Hill, 1978.

MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. 3ed[B] Porto Alegre: Sulina, 2007

_________. Epistemologia da complexidade. In: SCHNITMAND, D. Novos paradigmas, cultura e subjetividade. [B] Porto Alegre: Artmed, 1996.

OUCHI, W. Teoria Z: como as empresas podem enfrentar o desafio japonês. Tradução de Auriphebo Berrance Simões. 10 ed[B]. São Paulo: Nobel, 1986.

PORTER, M. E. What is strategy. [J] HBR, 1996 v.74, n.6, p.61-78.

QUINN, R. E.; McGRATH, M. R. The transformation of organizational cultures. In: FROST, P. J. (Org.). Organizational culture. [B] Beverly Hills: Sage, 1985.

QUINN, R. E ; ROHRBAUGH, J. A spatial model of effectiveness criteria: towards acompeting values approach to organizational analysis.[J] Management Science, 1983 Vol 29 No 3.

SANTOS, N. M. B. F. dos. Cultura e desempenho organizacional: um estudo empírico em empresas brasileiras do setor têxtil. [J] RAC., Curitiba , 1998 v2, n1.

__________. Cultura organizacional e desempenho: pesquisa, teoria e aplicação. [B] Lorena: Stiliano, 2000.

SENGE, P. M. A Dança das Mudanças. [B] Rio de Janeiro: Editora Campus, 2000.

SCHEIN, E. H. Organizational culture and leadership. [B] San Francisco: JosseyBass, 1992.

SMIRCICH, L. Concepts of Culture and Organizational Analysis. [J] Administrative Science Quaterly, 1983 v.28, p.339-358.

Downloads

Publicado

2021-06-18

Edição

Seção

Artigos